A TAP Air Portugal afirma que está a sofrer “sérios danos” na sua pontualidade devido aos “graves constrangimentos e limitações” do aeroporto de Lisboa e do controlo do tráfego aéreo, que se têm agravado.
Como principal companhia aérea a operar no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, a TAP é, assim, a “mais afetada pelos graves constrangimentos desta infraestrutura aeroportuária”, disse nesta quinta-feira, dia 5 de julho, uma fonte oficial da transportadora à agência de notícias portuguesa ‘Lusa’.
“Esses constrangimentos e limitações do aeroporto de Lisboa, a que se juntam também os de controlo do tráfego aéreo, têm vindo a agravar-se e têm causado sérios danos à pontualidade da TAP, provocando atrasos significativos em toda a operação da companhia”, segundo a transportadora, que considerou esta “situação muito preocupante e danosa para os seus planos de expansão”.
Assim, segundo a mesma fonte, as queixas dos passageiros refletem essas “perturbações, às quais se juntam também desafios operacionais” que a empresa espera resolver brevemente com a chegada de novos aviões e com “o recrutamento, em curso, de mais tripulantes”.
Na quarta-feira, dia 4 de julho, em comissão parlamentar, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, tinha afirmado que a TAP está a “sofrer dores de crescimento” e está a responder a ineficiências operacionais, nomeadamente através da alteração do “processo de instrução” dos pilotos.
Questionado sobre cancelamentos e atrasos da companhia área nacional, o governante respondeu que a “TAP está a sofrer dores de crescimento”, porque “cresceu brutalmente”.
O ministro informou ainda que a transportadora criou uma estrutura interna para gerir os cancelamentos e que a Comissão Executiva da empresa já transmitiu ao Governo que “espera estabilizar significativamente a operação”.
Pedro Marques citou ainda dados do Eurocontrol segundo os quais metade dos atrasos se devem à posição geográfica periférica de Portugal e lembrou os registos de mau tempo, greves e questões laborais em várias companhias.
A ‘Lusa’ já solicitou comentários à ANA-Aeroportos de Portugal, concessionária do aeroporto de Lisboa e à NAV, responsável pela gestão do tráfego aéreo.