TAP e Portugália recorrem a empresa externa para rebocar aviões, diz o SITEMA

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O SITEMA – Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves aponta que a TAP Air Portugal e a Portugália Airlines, companhias subsidiárias da TAP SA, estão a subcontratar o reboque das suas aeronaves dentro do Aeroporto Humberto Delgado/ Lisboa à empresa ‘Brok-Air’.

Num comunicado distribuído nesta segunda-feira, dia 27 de fevereiro, o SITEMA informa que desde o passado dia 22, os reboques de posicionamento para a operação das frotas TAP e PGA passaram a ser realizados por trabalhadores dessa empresa.

O SITEMA entende que exista uma escassez de técnicos de manutenção para assegurar as operações diariamente, derivado de várias situações, nomeadamente, no passado mais recente, derivado às paragens e dispensas de pessoal durante a pandemia de covid-19.

No entanto, o SITEMA não pode concordar com o aumento da subcontratação que tem sido levado a cabo, mesmo que para tarefas que se possa considerar requerer menos qualificações. O sindicato entende também que o continuado recurso à subcontratação externa poderá interferir no processo de retenção dos técnicos nas respetivas companhias.

Para Jorge Alves, presidente do Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves, “o impacto do recurso a uma subcontratação numa empresa deve ser gerido de forma transparente e sensível, envolvendo todos os intervenientes. Só demonstrando que o recurso faz parte da solução, é que se consegue mobilizar as equipas. De outra forma, vai criar entropia internamente e dificultar a retenção, que se resolve em parte com um novo Acordo de Empresa, que aproxime os TMA das condições praticadas pelo mercado”, adianta.

O SITEMA alerta ainda para a importância de uma célere valorização da carreira dos TMA, no sentido de estancar ou, pelo menos, reduzir a saída destes técnicos, que continuam a partir em busca de condições incomparavelmente mais atrativas na concorrência. Por outro lado, “a reintegração dos técnicos envolvidos no injusto processo de despedimento coletivo, não só é a ação mais justa para os trabalhadores, mas também essencial para a própria empresa, na medida em que padece de forma tão vincada com a falta de técnicos experientes”, explica o comunicado distribuído pelo SITEMA em Lisboa.

 

  • Foto de abertura © João Chaves

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