A TAP distribuiu na tarde desta quinta-feira, dia 31 de março, uma nota de imprensa na qual desmente o conteúdo de um comunicado do SITEMA – Sindicatos dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves e repudia as declarações do presidente desta estrutura sindical, Paulo Manso, que foram veiculadas pela agência ‘Lusa’, numa notícia na qual foi abordava uma eventual situação de falta de técnicos de manutenção de aeronaves (TMA) da companhia e contestava os baixos salários pagos a esses profissionais (LINK notícia relacionada).
A companhia aérea portuguesa aponta um desfasamento muito grande entre o que diz o SITEMA sobre o rácio de TMA por aeronave na TAP, que, segundo a companhia aérea é de 10,9 por avião, enquanto o SITEMA aponta para 1,2 (quase dez vezes menos do que a realidade, se confiarmos nos números agora divulgado pela TAP).
Na nota de esclarecimento da TAP há uma referência aos salários que são hoje pagos aos TMA da companhia, que são o tema do comunicado do SITEMA. A companhia esclarece que foi acordado com o sindicato, no âmbito das negociações que conduziram ao Plano de Reestruturação da TAP negociado com a Comissão Europeia, um corte salarial de 30% e não de 40%, conforme diz o texto do sindicato.
Publicamos em seguida, na íntegra, o esclarecimento da TAP para que os nossos leitores possam entender melhor a realidade e a repercussão que as declarações do líder sindical provocaram no meio aeronáutico nacional e o modo como são, naturalmente, “irresponsáveis e lesivas do bom nome da TAP”:
“A TAP conta atualmente nos seus quadros com um total de 831 Técnicos de Manutenção de Aeronaves (TMA) e um total de 76 aviões na sua frota (excluindo a frota operada por Portugália e White, que têm manutenção própria), o que representa um rácio de 10,9 TMA por avião.
É assim totalmente errónea, lamentável e irresponsável a informação hoje transmitida em comunicado de imprensa pelo SITEMA de que “atualmente a TAP está a operar com um rácio de 1,2 TMA por aeronave, sendo que em período anterior à reestruturação operava com um rácio de 1,44 TMA por aeronave. Os valores comparam com a média internacional de 3,2 TMA por aeronave”.
Pela mesma razão, carece de qualquer fundamento a declaração de que “o SITEMA está preocupado com (…) a segurança da operação da TAP”.
A TAP integra o TOP 10 das companhias aéreas mais seguras do mundo, sendo considerada já em 2022 a Companhia aérea mais segura da Europa e quinta a nível mundial, de acordo com a entidade independente Airline Ratings, que se dedica a avaliar companhias aéreas de todo o mundo, tendo em consideração critérios como: acidentes em cinco anos, registo de incidente sério ao longo de dois anos, auditorias de órgãos governamentais e da indústria da aviação, auditorias governamentais, iniciativas de segurança líderes da indústria, idade da frota e Protocolos de segurança COVID-19.
Em todos estes fatores, a TAP é das companhias mais bem classificadas em todo o mundo, sendo incompreensível que um sindicato que representa trabalhadores da TAP e deve também pugnar pelo bom nome e imagem da Companhia ignore tudo isto e produza afirmações erradas e que podem prejudicar a imagem de excelência da TAP em matéria de segurança.
As circunstâncias atuais em que a TAP exerce a sua atividade são públicas. No âmbito da ajuda do Estado português à TAP e do plano de reestruturação em curso, todos os trabalhadores da TAP têm cortes salariais. Os cortes dos TMA associados dos SITEMA, negociados com este sindicato e por ele aceites no âmbito dos acordos de emergência estabelecidos, não são de 40%, conforme referido no comunicado enviado pelo SITEMA às redações, mas de 30%. Também aqui o SITEMA transmite informação errada e pouco rigorosa.
A Manutenção e Engenharia da TAP e a segurança operacional da Companhia são reconhecidamente de excelência a nível internacional, cumprem todos os requisitos e são frequentemente auditadas por autoridades nacionais e internacionais, cumprindo todos os requisitos e exigências.
Não podem ser postas em causa com base em alegações erradas e sem fundamento e em declarações irresponsáveis e lesivas do bom nome da TAP.
A TAP lamenta profundamente e repudia este tipo de atitude por parte do SITEMA e do seu presidente, Paulo Manso.”
- Foto © TAP Air Portugal