Um piloto de nacionalidade espanhola ao serviço da companhia aérea portuguesa White Airways, com funções de comandante na frota de ATR 72-600, aparelhos que estão ao serviço da TAP Express e realiza voos na rede da TAP Air Portugal desde 2016, foi diagnosticado positivo num teste do novo coronavírus (Covid-19) no Hospital de São João, na cidade do Porto, no norte de Portugal, confirmou a TAP nesta quarta-feira, dia 11 de março.
Num comunicado a TAP explica que o comandante realizou o voo1007 entre Madrid (MAD) e o Porto (OPO) na terça-feira, dia 10, e que o seu estado de saúde é considerado estável. “Tanto a TAP como a White estão a prestar todo o apoio necessário ao Colaborador da White Airways e restante Tripulação”, destaca a nota.
As autoridades de saúde foram imediatamente contactadas pela UCS, Unidade de Saúde do Grupo TAP, e todos os procedimentos estão a ser cumpridos. De acordo com os parâmetros definidos pelas autoridades de saúde e as características técnicas do avião, não existe risco de contágio para os passageiros, já que o sistema de ventilação do cockpit é independente do resto da cabina.
Conforme as recomendações das autoridades, o co-piloto e a chefe de cabina que trabalharam com o comandante nos voos desse dia estão em isolamento e a ser acompanhados pelas autoridades de saúde que estão articuladas com os serviços clínicos da UCS.
O avião foi submetido a todos os procedimentos de higienização e desinfeção previstos nos planos de contingência, após o que a aeronave foi libertada para serviço pelas autoridades de saúde.
Saúde e segurança de tripulações e passageiros sempre foi a prioridade da TAP
Transportar os clientes e as tripulações em segurança sempre foi a prioridade da TAP. Desde o surgimento do surto do ‘Covid-19’ está claro para toda a equipa TAP que nada é mais crítico do que a saúde e segurança das pessoas. Por isso importa partilhar todo o trabalho que é feito numa base diária e em tempo real, à medida que a situação evolui.
Para além da rigorosa higiene e limpeza de rotina dos aviões e espaços de trabalho, a TAP tem implementado procedimentos adicionais de limpeza e desinfeção específicos para o novo coronavírus Covid-19, utilizando produtos biocidas homologados, em linha com as orientações da Direção-Geral de Saúde (DGS), com as especificações de segurança aeronáutica e dos fabricantes dos nossos aviões.
Os aviões da companhia estão equipados com um sistema de reciclagem do ar que renova totalmente o ar da cabina com alta frequência, a cada 2/3 minutos, vinte vezes numa hora. Este sistema funciona por secções de cinco filas de bancos o que garante a renovação do ar em todas as zonas do avião, ao mesmo tempo e com a mesma qualidade.
Este sistema utiliza filtros HEPA (High Efficiency Particulate Air) idênticos aos utilizados nos blocos operatórios. Estes filtros conseguem extrair 99,999% dos vírus mesmo mais pequenos, incluindo vírus com apenas 0,01 micrómetro. Os vírus da família coronavírus têm uma dimensão entre 0,08 e 0,16 micrómetro, portanto prontamente filtrados pelos filtros HEPA, por seções e a cada 2/3 minutos.
As tripulações TAP estão, permanentemente, treinadas nos procedimentos de identificação, abordagem e tratamento de casos suspeitos de doença infetocontagiosa a bordo, onde se incluí o ‘Covid-19’ e dispõem em todos os voos do equipamento e consumíveis necessários para o efeito.
Estes procedimentos seguem rigorosamente as melhores práticas a nível internacional, conforme definidas pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA – International Air Transportation Association), Organização Mundial da Saúde (OMS) e DGS, em cada momento. No âmbito do surto do COVID19 a comunicação e formação com os Tripulantes foi significativamente reforçada, bem como a articulação com a Unidade de Cuidados de Saúde (UCS) da TAP e todos os intervenientes na operação para que o seu voo seja seguro.
Através da Unidade de Saúde do Grupo TAP (UCS), foram implementadas em tempo real as recomendações da OMS e dos Centers for Disease Control europeus e norte-americanos, bem como do Medical Advisory Group da IATA, com quem a TAP tem um relacionamento de longa data.
A TAP está em contacto diário com as organizações nacionais e locais de saúde, com as autoridades da aviação civil e aeroportuárias e com as pessoas da linha da frente, tripulações, manutenção e engenharia, catering, limpeza e outros provedores de serviço de assistência em escala nos aeroportos.
A companhia ativou o plano de contingência de atuação face a doenças infecto contagiosas, logo em janeiro, e desde então tem a organização em permanente estado de alerta e a atuar de acordo com os procedimentos a cada caso e a cada momento.
- Foto © Pedro Aragão
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Sou só eu que acho que para a TAP, “nada é mais crítico” do que a (limpeza da) sua imagem pública e não necessariamente a saúde das pessoas, como diz a “notícia”? A TAP está, por acaso, acima de algum procedimento de saúde em tempo de pandemia? Não seria normal rastrear todos os passageiros, que devem ficar isolados e fazer testes, como em todo o lado, em vez de desatar a emitir “notícias” e comunicados em que “não há risco” de contágio, sem apurar rigorosamente nada, como me parece que está a acontecer? Rastrearam os passageiros, sequer?
Não houve um chefe de cabine a entrar e sair do cockpit? O piloto não entrou e saiu antes do avião, não tocou em nada, não contactou com a restante tripulação, que por sua vez contactou com os passageiros? Estamos a falar de pessoas fechadas durante horas num avião! O tal sistema de ventilação pode ajudar, mas não isenta o acontecimento de risco, que há sempre e possivelmente é até elevado. Parece-me muitíssimo grave que se permita ver publicado que perante esta situação “não há risco para os passageiros”, como se lia ontem numa “notícia” do Observador e outra da Sábado – espero que tenham razão, mas com que segurança podem afirmar isto?
A proteção da imagem da marca em momentos de crise tem limites. Aproveitar o momento para fazer publicidade aos seus equipamentos numa altura em que, naturalmente, o negócio estará a sofrer perdas, parece-me, no mínimo, uma coincidência demasiado conveniente.