TAP não pode pagar mais devido à situação financeira da empresa, esclarece a presidente executiva

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A presidente da Comissão Executiva da TAP afirmou nesta terça-feira, dia 21 de junho, em Lisboa, que quer continuar à frente da companhia aérea portuguesa e que o seu compromisso com a empresa se mantém, acrescentando que a sua manutenção no cargo cabe ao Governo Português.

Christine Ourmières-Widener falava na sede da TAP, em Lisboa, para onde convocou uma conferência de imprensa com um ponto único de prestar esclarecimentos aos jornalistas, face às críticas dos sindicatos, que representam os profissionais da companhia, à gestão da atual Comissão Executiva, nomeadamente a manutenção das medidas negociadas aquando da apresentação do Plano de Reestruturação da companhia à Comissão Europeia [e por esta aprovado], de redução dos cortes salariais dos pilotos e trabalhadores.

Questionada sobre se mantém o apoio do Governo, após as estruturas sindicais terem pedido a sua demissão, a presidente executiva respondeu que essa decisão cabe ao executivo, manifestando vontade de continuar no cargo.

“Essa é uma questão para o Governo, mas para mim o compromisso mantém-se. Mantenho a paixão por esta empresa (…). Claro que, para mim, não é algo que gostaria de ver, mas é o que é, e quero ter uma longa e boa relação com os sindicatos para mostrar que o que estamos a fazer e as decisões que estamos a tomar são as corretas”, afirmou Christine Ourmières-Widener.

Perante os jornalistas, a presidente executiva da TAP lembrou que a empresa decidiu aumentar o valor mínimo a partir do qual os trabalhadores não têm corte de 1.330 euros para 1.410 euros, no âmbito do processo de reestruturação. Defendeu que, apesar de não ter havido acordo com os sindicatos, a medida sobre o valor da garantia mínima “é justa” e a empresa “não pode ir mais longe” devido à situação da TAP que, embora esteja “a voar mais” enfrenta um “Verão difícil”.

A TAP decidiu ainda reduzir em 10% (para 35%) o valor da redução salarial dos pilotos, uma medida que considerou “correta” num momento em que “estão a contribuir para o plano e a trabalhar arduamente”, embora a empresa não possa ir mais longe.

 

  • Christine Ourmières-Widener quer “manter uma boa relação com os sindicatos”, mas espera que haja “respeito dos dois lados”.

 

Questionada sobre uma eventual greve na TAP, a gestora francesa contratada pelo governo português disse que a discussão com os sindicatos vai continuar e que “a administração está a fazer tudo para salvar a companhia” e que quer fazê-lo “com todos os trabalhadores”.

Para a CEO da TAP, uma greve nesta altura seria incompreensível e “qualquer interrupção da operação teria um impacto crítico para o futuro da empresa”.

Christine Ourmières-Widener disse ainda que a redução dos cortes salariais dos pilotos e dos restantes trabalhadores será aplicada nos salários deste mês.

 

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