A TAP vai suspender a redução de 10% do horário de trabalho, a partir de 1 de abril e até ao fim do ano. A companhia diz ainda que vai reintegrar os tripulantes que saíram da TAP.
A redução de 10% do período normal de trabalho tinha sido inscrita nos acordos de emergência com os tripulantes. O fim temporário deste corte vai permitir “um significativo aumento do rendimento dos tripulantes para além de garantir o pagamento das horas extra acima dos plafonds mensais”, refere em nota enviada aos colaboradores o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).
De acordo com uma mensagem interna enviada aos colaboradores, a que a agência de notícias ‘Lusa’ teve acesso nesta quarta-feira, dia 17 de março, a companhia aérea portuguesa indicou que tendo em conta as previsões para o verão IATA 2022, decidiu “apresentar medidas que viabilizam um aumento de capacidade da operação a fim de a preparar para um desejável contexto de recuperação de atividade da TAP”.
A TAP avisa que estas medidas são de “natureza tentativa e transitória” e que podem ser “atenuadas ou interrompidas” caso seja necessário, em “função da evolução da atividade à luz do plano de reestruturação”.
Mas o SNPVAC diz que já está a trabalhar “não para a suspensão desta medida mas sim para o seu fim definitivo também em 2023”, quando se iria aplicar a redução de 5%.
A TAP refere ainda que caso se confirmem as previsões otimistas para a operação poderá “em alguns meses” haver “necessidades de trabalho que ultrapassem os limites mensais nas horas de trabalho” o que, caso aconteça constará “das respetivas escalas e/ou alteração às mesmas”.
Além desta suspensão que consta do acordo, a TAP refere ainda que em 2020 houve uma redução de cerca de mil
tripulantes com contratos a termo, no seguimento da redução do período normal de trabalho. Alguns desses colaboradores vão agora ser reintegrados e “se adequado e por necessidade temporária” a companhia admite reforçar o número de tripulantes através da contratação a termo.
A companhia assinou vários acordos de emergência com os sindicatos, devido aos problemas colocados pela pandemia de covid-19 que obrigaram à paralisação da atividade e à implementação de um plano de reestruturação, entretanto aprovado por Bruxelas.