A TAP Portugal não vai divulgar antecipadamente que voos se mantêm e quais são cancelados durante os dez dias da greve convocada pelo SPAC, de 1 a 10 de Maio, segundo indicou nesta terça-feira, 28 de Abril, o Gabinete de Comunicação da companhia aérea portuguesa.
“Os pilotos que asseguram determinado voo têm que se apresentar com determinado tempo de antecedência para a realização do voo, e não se apresentando o voo será então cancelado”, afirmou André Serpa Soares, do Gabinete de Comunicação da TAP, na sua participação esta manhã no “Fórum TSF” dedicado à questão do impacto da greve marcada pelo Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil (SPAC).
Questionado especificamente se a TAP não irá desmarcar voos antecipadamente, André Serpa Soares declarou “não o pode fazer” porque “os voos só podem ser cancelados a partir do momento em que não haja pilotos que assegurem a sua realização”.
“Desmarcá-los, cancelá-los antecipadamente significaria que os pilotos não tinham que se apresentar, porque os voos estavam cancelados”, acrescentou, sublinhando que os voos “só podem ser cancelados a partir do momento em que os pilotos não se apresentem para a realização do voo”.
“Caso contrário também a declaração de greve acabaria por não ter efeitos práticos para os próprios pilotos, uma vez que os voos para os quais estavam designados seriam cancelados antecipadamente, pelo que eles não tinham que se apresentar ao serviço”, explicou ainda o porta-voz da TAP no programa da TSF.
Na segunda-feira, dia 27 de Abril, o presidente executivo da companhia, Fernando Pinto, em conferência de imprensa de última hora, anunciou dar por encerradas as conversações com o SPAC, e deixou a mensagem de que depois das reuniões que teve com os pilotos, em que participaram mais de 400 tripulantes, ficou certo de que a companhia poderá contar com muitos pilotos para realizar voos no período da greve.
“Temos certeza de que teremos muitos pilotos que, sensibilizados pelo momento, irão pensar sem dúvida no cliente, no nosso passageiro, na empresa, e irão voar”, afirmou o presidente executivo da TAP.
Desde há cerca de duas semanas que a TAP abriu a possibilidade de os clientes com voos marcados para o período da greve (1 a 10 de Maio) alterarem as datas de viagem, “sem custos adicionais” e ontem, segunda-feira, o Tribunal Arbitral definiu os serviços mínimos para esse período, ou seja, os voos que os pilotos terão que assegurar obrigatoriamente.
Na declaração que fez hoje à TSF, André Serpa Soares assegurou que “a TAP cumprirá escrupulosamente, como sempre faz, aliás, tudo aquilo que são as suas obrigações legais e regulamentares em termos de protecção dos clientes”.
“Desde há muito que [a TAP] permite a todos os clientes que tinham reservas válidas para estes dias a alteração das datas da sua viagens, ou, então, outra possibilidade, que seria a de receberem um voucher, um crédito para utilização em viagens futuras na TAP”, salientou.
“Isto foi sendo feito ao longo dos últimos dias, [em que] vários clientes optaram por uma destas opções e portanto esta protecção foi feita”, acrescentou o porta-voz da companhia.
A companhia, porém, ao contrário do que fez quando enfrentou outras greves não abriu a possibilidade de os passageiros optarem antecipadamente por serem reembolsados, o que tem sido associado às dificuldades de tesouraria que atravessa.
- Notícia do ‘PressTUR’, parceiro editorial do Newsavia em Portugal.
Tenho que esperar até o dia 10 de maio para saber ser vou viajar ou NÃO ??? ISSO É RIDÍCULO.
Carlos, a TAP tem sair das mãos do governo, o povo fica pagamento pilotos que causam perdas de dinheiro. Coloquem na bolsa de valores.