Táxi aéreo roubado no Pará, localizado na Bolívia, foi recuperado pelo proprietário

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Um avião monomotor que foi roubado no Estado do Pará, no Norte do Brasil, e levado para a Bolívia, há cerca de três meses, foi descoberto e recuperada pelo próprio proprietário, dono de uma empresa de táxis aéreos de Belém do Pará, que esteve dois meses até conseguir provar que o aparelho lhe pertencia. Um trabalho de algum risco que decorreu bem e teve sucesso. Contudo, a polícia brasileira já alertou para a grande perigosidade aque o dono do avião esteve exposto.

A aeronave, um Cessna, matrícula PT-COF, é propriedade da empresa da Táxi Aéreo Dourado, e foi roubada num município do interior do Estado do Pará, no Norte do Brasil. O avião teria sido fretado por um fazendeiro que solicitou o transporte para estar em São Félix do Xingu, no sudeste do Pará, onde embarcariam os seus avós. O Cessna foi tripulado pelo piloto Álvaro Braga Santana, de 48 anos de idade, que chegado ao local, acompanhado pelo suposto fazendeiro que contratou o transporte, aguardou pelos passageiros no bar, onde lhe foi oferecido um lanche pelo eventual cliente. A partir daí o piloto não se lembra de mais nada e o acordou no dia seguinte numa rua de um município a cerca de 250 quilómetros do local onde deixara o avião. Tinha sido dopado e passou muito mal até ser assistido e levado para um hotel onde se recuperou, mantendo a Polícia Federal ao corrente da situação.

Três dias depois, a polícia conseguiu prender quatro pessoas, que teriam participado do desvio do avião. Os suspeitos estavam no município de Rolim de Moura em Rondónia, mas o avião já estava longe, na Bolívia.

André Ronaldo Nogueira Costa, proprietário da empresa Táxi Aéreo Dourado, que detém o monomotor na sua frota, ficou durante dois meses na Bolívia tentando recuperar o avião. Conseguiu localizá-lo no dia 21 de Abril passado, com o apoio da Força Aérea Brasileira, em Santa Ana del Yacuma, e informou a Polícia Boliviana, que fez a apreensão do Cessna. Segundo informações recolhidas então, a aeronave esteve ao serviço de um dos mais importantes traficantes de drogas da Bolívia. Assim que conseguiu autorização das autoridades bolivianas, solicitou outra autorização às autoridades aeronáuticas brasileiras para regressar ao País com a aeronave recuperada, tendo como destino o Aeroporto de Rio Branco.

Segundo a Polícia Federal, que acolheu o avião e o seu proprietário, no Aeroporto do Rio Branco, no Estado Acre, este conseguiu por conta própria localizar o bem roubado, que estava em um aeroporto boliviano. Ele comprovou com documentos e fotos que o avião era dele.

Para a polícia, a operação particular do brasileiro foi arriscada e não é aconselhada. “É uma conduta não recomendada por que é arriscado. Muitos desses aviões e carros roubados vão parar nas mãos de criminosos. A tentativa de recuperação foi heróica, mas arriscada”, disse o delegado Jacob Melo, citado pelo canal TV Gazeta, e mais tarde veiculado por jornais online do Acre, nomeadamente o Giroacreano.

O caso também foi acompanhado pela Receita Federal. A aeronave estava nesta quarta-feira, dia 20 de Maio, no parque de estacionamento do aeroporto até que a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) autorize a continuação do voo para Belém do Pará.

No Norte do Brasil é frequente o roubo, sequestro e desvio de aviões ligeiros, tipo monomotores Cessna, que depois são utilizados nas redes de narcotráfico, em países fronteiriços.

 

  • Texto com base em informações do blog ‘Aerofatos’, do portal de notícias Giroacreano  e  e do serviço de notícias G1 da Rede Globo.

 

  • Foto: TV Gazeta publicada pelo portal Giroacreano

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