A Air India, maior companhia aérea comercial da Índia, confirmou esta semana que sentiu enorme dificuldade em escolher candidatos a pilotos da empresa, numa selecção que decorreu no início deste mês em Nova Delhi.
As notícias já tinham sido veiculadas pela imprensa nacional, que falava acerca de novas regras que criaram sérios entraves, sobretudo ao nível dos testes psicotécnicos, de tal modo que a Air India não conseguiu seleccionar o número de pilotos pretendido.
A companhia, que é de capitais públicos, esclareceu que solicitou o apoio de especialistas da Força Aérea da Índia, que juntamente com as direcções de Recursos Humanos e das Operações de Voo, aplicaram aos candidatos novos testes baseados numa análise pessoal e psiquiátrica dos candidatos, tendo em vista o despiste de eventuais doenças do foro psiquiátrico que, eventualmente, esses pilotos possam tendencialmente desenvolver.
A Air India admitiu que esse refinamento da selecção possa estar relacionado com fatos recentes de acidentes provocados pelos próprios pilotos, mas reafirmou que o pretexto principal de tal exigência é garantir a segurança operacional da companhia, em geral, e dos seus aparelhos quando transportando clientes, em particular. “É a defesa da Air India e o bem estar dos nossos clientes que procuramos”, disse um porta-voz da companhia indiana à imprensa nacional.
A Air India, que é membro da Star Alliance, tem uma das frotas mais jovens do país, onde a aviação comercial tem tido, nos últimos anos, um crescimento exponencial.
Na selecção que despertou as atenções da imprensa nacional, a Air India noticiou que pretendia admitir 197 pilotos. Apenas 160 candidatos passaram à segunda fase da seleção, que foi a entrevista. No apuramento final, entraram na companhia 78 pilotos. A Força Aérea Indiana confirmou a sua intervenção no processo de seleção e referiu que à conta dos ‘testes psiquiátricos’, que assumiu como sendo da sua responsabilidade, foram dispensados 42 candidatos.