Thomas Cook pede proteção contra falência para impedir ações de credores

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O grupo de turismo internacional Thomas Cook, com sede no Reino Unido, entrou nesta segunda-feira, dia 16 de setembro, com um pedido de proteção contra falência nos tribunais dos EUA para protegê-lo de ações de credores norte-americanos.

O grupo de viagens, hotelaria e aviação comercial entrou com uma proteção judicial num tribunal do distrito sul de Nova Iorque, anunciaram diversas agências financeiras que referem ter visto os documentos legais apresentados por um prestigiado escritório de advogados.

O capítulo 15 da lei de falências dos EUA protege empresas estrangeiras de ações de credores americanos enquanto reorganizam as suas dívidas. Fundamentalmente, também desencadeia o pagamento de um seguro padrão para um grupo de detentores de títulos quando existe a dúvida de que poderão bloquear o negócio em curso.

A Thomas Cook confirmou entretanto que realizou na segunda-feira, dia 16, uma reunião com um grupo alargado de acionistas e credores, tendo em vista a negociação do resgate de 1,1 biliões de libras esterlinas para pagar dívidas até final do corrente mês de setembro.

Contudo há uma nova reunião importantíssima com os acionistas nesta quinta-feira, dia 19 de setembro, que poderá bloquear toda a engenharia financeira que está neste momento a ser projetada.

Pelos termos propostos, o grupo chinês Fosun Turismo, que possui 18% da Thomas Cook, controlará 75% dos negócios operacionais da empresa e até 25% de sua companhia aérea em troca de uma injeção de capital de 450 milhões de libras esterlinas.

Os detentores de dívida e os bancos dispostos a avaliar empréstimos à Thomas Cook concordaram em investir mais 450 milhões em troca do controlo da companhia aérea de Thomas Cook e de até 25% do operador turístico.

Mas, algo pode falhar, que é precisamente os acionistas não estarem do mesmo lado que a atual Administração, ou os credores do segmento de agências de viagens da Thomas Cook, nomeadamente as cadeias hoteleiras internacionais e dos principais destinos para onde voam os aviões do grupo, não concordarem com o plano, que deverá ser votado (aceite ou não) por esses parceiros de negócio entre 27 e 29 de setembro.

Os responsáveis pela Thomas Cook mostram-se pouco seguros quanto ao sucesso das negociações, nos moldes (“apressados”) de como decorrem e pedem mais tempo para reestruturar, para negociar e até para decidir. Mas a dimensão da dívida é enorme e diversos analistas financeiros e até responsáveis bancários dizem que o modelo de viagens sobre o qual a Thomas Cook construiu nas últimas décadas o seu império está completamente ultrapassado.

 

  • Nota: A libra esterlina está cotada hoje (17 de setembro de 2019) a 1,13 euros e 1,25 dólares norte-americanos – Informação do Banco de Portugal

 

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