A Autoridade de Aviação Civil de Timor-Leste (AACTL) informou que os voos comerciais, regulares ou fretados, de e para Díli vão continuar suspensos por tempo indefinido, impedindo assim voos que estavam a ser preparados. A suspensão dos voos comerciais está em vigor desde o dia 3 de abril, para evitar a propagação do novo coronavírus.
A decisão foi comunicada nesta quinta-feira, dia 9 de julho, a todas as empresas com operações aéreas em Timor-Leste num documento assinado pelo presidente interino da AACTL, Eusébio Freitas.
“Apesar do estado de emergência [devido à covid-19] ter terminado (…) as operações comerciais continuam suspensas temporariamente e até decisão em contrário a comunicar pela AACTL”, refere o documento, a que a agência de notícias portuguesa ‘Lusa’ teve acesso.
O documento nota que a suspensão abrange as rotas entre Díli e a cidade australiana de Darwin, as cidades indonésias de Kupang e Denpasar e com Singapura.
“Voos de emergência ou outros voos essenciais estão isentos desta restrição”, referiu.
Apesar do fim do estado de emergência a 26 de junho, muitas das restrições no que toca a fronteiras mantêm-se inalteradas, estando ainda a ser preparado um diploma conjunto dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros, Interior e Saúde, com as novas regras.
Até que as regras sejam claras, as únicas duas ligações aéreas com o país são um voo humanitário regular entre Kuala Lumpur e Díli, organizado pelo Programa Alimentar Mundial e que além de carga tem transportado funcionários humanitários, e voos entre Darwin e Díli, da Air North, no âmbito de um contrato do Governo com a empresa que termina este mês.
O facto da suspensão de outros voos se manter, por tempo indefinido, levou já a Air Timor a anunciar o cancelamento de um voo charter projetado entre Kuala Lumpur e Díli, para 1 de agosto.
Esse voo estava a suscitar bastante interesse tanto entre cidadãos em Díli que necessitam de viajar para fora do país como entre cidadãos de vários países que querem regressar ao país, incluindo nos dois casos muitos portugueses.
Não foi possível à ‘Lusa’ obter um comentário do Governo sobre a suspensão.