A petrolífera francesa Total Energies pretende ampliar o aeroporto da área onde vai construir um complexo industrial para exploração de gás natural, no norte de Moçambique, numa infraestrutura capaz de receber aviões de grande porte.
Segundo o diretor das instalações da Total Energies em Afungi, província de Cabo Delgado, o aumento da capacidade da atual infraestrutura visa alargar a capacidade de resposta ao tráfego aéreo que está a ser dinamizado pelos projetos de gás natural na zona.
“Hoje, a pista do aeroporto conta com 1.700 metros e há um plano de expansão para 2.300 metros, para que aterrem aviões como Boeing 737”, afirmou Thierry Lacave, citado pela agência de notícias portuguesa ‘Lusa’, em declarações após um encontro na quinta-feira, dia 20 de outubro, com o ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, na capital moçambicana.
Aquele responsável assegurou ainda que o consórcio da Total Energies está empenhado no fortalecimento das condições de segurança no perímetro onde será construída a fábrica de gás natural liquefeito (GNL).
A multinacional francesa suspendeu o seu projeto em Cabo Delgado na sequência de um ataque armado perto das suas instalações, em março de 2021, no contexto da violência armada que tem sido protagonizada por insurgentes na província.
Recorde-se que, o presidente da Total Energies, Patrick Pouyanné, anunciou recentemente que a empresa contava relançar o projeto antes do final do ano.
Neste sentido, o ministro dos Transportes e Comunicações afirmou que se dependesse do Executivo moçambicano, o projeto da Total Energies teria sido retomado “na quinta-feira”, garantindo o que foi restaurada a segurança em Cabo Delgado, face aos avanços na luta contra os grupos armados.
“Há um otimismo e um sentido de urgência”, para o reinício das atividades do projeto de gás do consórcio da multinacional francesa, disse Mateus Magala.
A província de Cabo Delgado, prosseguiu o governante, será um dos principais motores do crescimento económico e criação de prosperidade económica e social em Moçambique, dados os “vastos recursos de que dispõe”.
A província de Cabo Delgado enfrenta há seis anos a insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
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