Trabalhadores da TAP concentram-se para debater privatização da companhia

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A Comissão de Trabalhadores (CT) da TAP promove nesta quarta-feira, dia 15 de janeiro, uma concentração, às 16h00, para todos os que tenham terminado o horário de trabalho, com o objetivo de debater a privatização da empresa.

Na sexta-feira passada, dia 10 de fevereiro, a CT da TAP anunciou a realização de um Plenário Geral sobre a privatização da companhia aérea, a que se opõe, seguida de uma marcha até ao aeroporto.

No entanto, segundo a CT, a administração da TAP colocou muitos “entraves” à realização do plenário e marcha, dizendo ser ilegal, pelo que aquela estrutura decidiu alterar para uma concentração de trabalhadores que tenham terminado o seu horário de trabalho.

“É necessário fazermos uma avaliação do que se está a passar na empresa, agora com a privatização em cima da mesa. A Comissão de Trabalhadores da TAP sempre defendeu a TAP pública e, portanto, vamos falar sobre este assunto, debatê-lo com os trabalhadores e definir formas de tentarmos evitar essa privatização”, afirmou a coordenadora da CT, Cristina Carrilho, na sexta-feira, em declarações aos jornalistas à entrada das instalações da companhia aérea, junto ao aeroporto de Lisboa.

Para a CT, a finalidade do plano de reestruturação a que a companhia aérea está a ser sujeita é torná-la viável e rentável e, se tal for alcançado com uma gestão pública, não há necessidade de privatizar.

A estrutura representativa dos trabalhadores teme que a privatização agrave a “perda de direitos laborais e sociais” que os trabalhadores já enfrentam, na sequência do plano de reestruturação que impôs despedimentos e cortes salariais.

“A intenção, com os cortes e as denúncias dos AE [acordos de empresa] é fazer os trabalhadores ficarem mais baratos, para que a privatização seja mais agradável, digamos assim, para quem comprar”, defendeu a coordenadora, realçando que poderá até estar em causa o eventual “desaparecimento da TAP”.

Cristina Carrilho defendeu ainda que “todas as privatizações que foram tentadas na TAP correram sempre muito mal e, se não fosse o Estado a pôr a mão, a TAP já tinha desaparecido há algum tempo”.

 

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