Os colaboradores da Transportes Interilhas de Cabo Verde (TICV), que desde abril deste ano não opera no país, querem “respostas concretas” sobre a regularização salarial e futuro da empresa.
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, assegurou em finais do mês de junho, que o Governo será o acionista único da nova empresa autónoma para voos domésticos e que os trabalhadores da TICV serão integrados na mesma.
Entretanto, num comunicado enviado à agência noticiosa nacional ‘Inforpress’, os trabalhadores manifestam-se “insatisfação e preocupação” com a atual situação financeira que enfrentam, “causada pela falta de respostas por parte da empresa”.
“Apesar das declarações feitas pelo Governo e pela administração da TICV, os colaboradores continuam sem receber seus salários referentes aos meses de maio e junho”, denuncia a mesma fonte, assegurando que as promessas feitas por parte do Governo e pelo conselho de administração não foram cumpridas.
“A verdade é que, até o momento, as promessas não foram cumpridas, colocando os colaboradores desta empresa numa situação de insegurança laboral e financeira”, lê-se no comunicado.
Perante esta situação, que classifica como “confrangedora”, os trabalhadores apelam ao Estado e ao Governo que tomem medidas cabíveis para a reposição da normalidade e defesa dos seus direitos, “não só do trabalhador, mas também do cidadão”.
De referir que no dia 14 de junho passado os trabalhadores da TICV posicionaram-se em frente à sede da empresa para exigir os seus direitos, nomeadamente, o pagamento do salário referente ao mês de maio, depois das férias coletivas, terminadas no mesmo dia.
Foto de abertura © Carlos Freitas