Transavia abandona rota doméstica portuguesa entre o Porto e a Madeira

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A Transavia France, companhia do grupo Air France-KLM, vai suspender a rota doméstica entre a cidade do Porto, no norte de Portugal, e a ilha da Madeira, a partir do próximo dia 24 de março, no final da denominada temporada de Inverno IATA.

Segundo conseguimos saber a suspensão da rota doméstica entre estes dois aeroportos portugueses, que estava ativa desde 2010, deve-se a “questões operacionais”. Um porta-voz da companhia aérea disse ao ‘Newsavia’ que a Transavia France “está a adaptar o seu programa de Verão 2023 e vai suspender a sua rota doméstica entre o Porto e o Funchal a partir do final de março. A companhia aérea continuará a operar a sua rota direta entre o Funchal e Paris-Orly.”

A Transavia, que desde há cerca de 13 anos voa na rota doméstica da cidade nortenha para a Madeira, tem transportado de e para a ilha atlântica portuguesa milhares de passageiros, com ocupações muito boas nos dois sentidos, com uma política tarifária que tem agradado aos passageiros nas duas pontas da rota. A sua contribuição tem sido evidente e eficaz para o aumento do fluxo de turistas do norte de Portugal para a ilha da Madeira, além de servir os residentes, que, muitas vezes, escolhem a Transavia pela sua política de preços, dado uma viagem nesta companhia exigir um menor dispêndio imediato de dinheiro do que na TAP, por exemplo, nas ocasiões de maior procura. Os residentes na Região Autónoma da Madeira podem viajar com um bilhete subsidiado pelo qual pagam apenas 86 euros. Contudo, no ato da reserva/compra da passagem aérea têm de adiantar na totalidade o valor da viagem. Depois são ressarcidos da diferença que ultrapasse o valor fixado até um máximo de 400 euros nas estações dos CTT, contra prova da viagem efectuada. Nos períodos de maior procura é frequente esses preços – ida e volta – ultrapassarem os 400 euros na TAP.

A companhia francesa foi a primeira a enfrentar a TAP e a EasyJet na rota, e desde o ano passado começou a ter também concorrência no mesmo percurso por parte da Ryanair. Este deve ser, certamente, um dos factos que também contribui para a Transavia France se retirar da rota, numa ocasião que está a renovar a sua frota para a gama de nova geração dos aviões Airbus da família A320neo, e em que anunciou a abertura de novas rotas à partida de aeroportos franceses para estâncias de praia e destinos de lazer, nomeadamente para países do Norte de África e leste europeu, onde a retoma está em crescendo, e para os quais nunca tinha viajado.

 

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