O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), reunido nesta terça-feira, dia 6 de dezembro, em assembleia-geral, manteve a greve marcada para quinta e sexta-feiras próximas e aprovou a marcação de, pelo menos, cinco dias de greve até 31 de janeiro de 2023.
Fonte oficial do sindicato disse à agência de notícias ‘Lusa’ que os associados do SNPVAC deliberaram “a manutenção da greve para os dias 8 e 9 de dezembro”, bem como a “marcação de um mínimo de cinco dias de greve a realizar até dia 31 de janeiro”.
As datas serão “definidas pela direção [do sindicato] e comunicadas aos associados 24 horas antes da entrada do pré-aviso de greve”.
Segundo o sindicato, participaram na assembleia-geral mais de 600 associados, entre presenças e procurações.
O SNPVAC tinha dito à ‘Lusa’ estar expectante que a assembleia-geral desta terça-feira confirmasse a greve de quinta e sexta-feira na TAP e tinha já ameaçado com novas paralisações.
A TAP e os sindicatos encontram-se em negociações para a revisão do Acordo de Empresa (AE), no âmbito do plano de reestruturação.
Descontentes, os tripulantes da TAP, em assembleia-geral de emergência do SNPVAC, em 3 de novembro, decidiram avançar com uma greve nos dias 8 e 9 de dezembro, bem como “recusar liminarmente a proposta de novo acordo de empresa (AE)” apresentada pela companhia aérea, que consideram “absolutamente inaceitável e manifestamente redutora”.
O sindicato afirmou, em 21 de novembro, que a TAP tinha apresentado uma proposta aos tripulantes de cabina, mas que não tinha condições para a analisar no prazo estabelecido pela companhia aérea.
A companhia aérea decidiu cancelar 360 voos nos dias da greve, afetando cerca de 50.000 passageiros e uma perda de oito milhões de euros em receitas, depois de já ter informado os clientes de que permitia a alteração das datas dos voos marcados para os dias de greve, sem qualquer penalização.