Os tripulantes de cabina da TAP vão estar em greve nos próximos dias 30 de Outubro e 1 de Novembro e nos dias 30 de Novembro e 2 de Dezembro.
De acordo com um comunicado emitido pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), esta greve “resulta, por um lado, da incapacidade da administração da TAP em aceitar um processo negocial sério e construtivo e, por outro lado, da indiferença e total falta de empenho da tutela em resolver consensualmente o diferendo laboral existente.”
A entidade sindical acusa a administração da TAP de “uma gestão operacional caracterizada por reiteradas violações das regras estabelecidas no AE [Ano Económico] vigente, de uma postura intransigente adoptada pela empresa que revela um total desrespeito pelos direitos dos tripulantes de cabina, que leva ao contínuo e sistemático agravamento das suas condições de trabalho.”
A abrir a lista de reivindicações, o sindicato pede que seja cumprido “o estabelecido quer na regulamentação legal quer na que foi fruto da negociação entre as partes, relativamente às colegas lactantes que vêem os seus direitos ignorados ou atropelados e às colegas grávidas que são alvo de cortes salariais.”
Prosseguindo, pedem “que se cumpra o definido em relação às alterações às escalas, tempo de repouso entre serviços de voo, períodos nocturnos e do período crítico do ritmo circadiano; que seja respeitada a decisão do Tribunal quanto à atribuição do sétimo fim-de-semana; que se retirem as faltas injustificadas, aos tripulantes que mais não fizeram do que cumprir o AE; que os tripulantes com contrato a termo integrem o quadro de efectivos por a empresa deles necessitar permanentemente; que seja responsabilizada a empresa pelo incumprimento do serviço de operações e escalas; que haja equidade na distribuição dos voos/rotações.”
Esta greve resulta, de acordo com o documento, “da não-aceitação pelos tripulantes de cabina do clima de coação permanente às condições humanas e de trabalho” que, segundo o SNPVAC, “a classe tem vindo a sofrer ao longo dos últimos anos.”
O SNPVAC prevê uma forte adesão à greve e diz aguardar, “com serenidade, uma alteração da posição irredutível da administração da TAP.”