Tripulantes portugueses da Ryanair confirmam greve nesta Páscoa

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Os tripulantes de cabina da Ryanair vão fazer greve nas próximas quinta-feira, domingo e segunda-feira, porque as conversações com a transportadora aérea de baixo custo “verificaram-se infrutíferas”, segundo um comunicado divulgado nesta terça-feira, dia 27 de março, pelo SNPVAC.

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) informou que a greve em três dias se mantém porque as conversações “verificaram-se infrutíferas, uma vez que a Ryanair não aceita aplicar a Lei Portuguesa” nomeadamente os direitos inscritos na Constituição e no Código de Trabalho, como a parentalidade.

O sindicato pretende ainda que a empresa pare com os “processos disciplinares porque não se atingiram quotas de vendas a bordo”, assim como deixar de considerar uma baixa médica por doença como uma falta injustificada.

“Onde anda o Estado Português que permite que os seus direitos sejam desrespeitados no seu próprio país? Onde anda o Governo que se diminui ao ponto de sustentar uma empresa que ignora as leis portuguesas?”, questiona o SNPVAC.

O sindicato garantiu ainda que “ao contrário do Governo, os tripulantes de cabina da Ryanair dão-se ao respeito e exigem os seus direitos básicos”.

“E nem a vil ameaça de encerrar as bases em Portugal nos assusta”, sublinham no comunicado.

Às questões colocadas pela agência portuguesa de notícias ‘Lusa’ sobre a paralisação neste período de Páscoa, a Ryanair referiu apenas: “Não comentamos sobre rumores ou especulação”.

No passado dia 21 de fevereiro, o presidente executivo da Ryanair, Michael O’Leary, afirmou acreditar que a greve dos tripulantes de cabina na Páscoa “não avança” por os profissionais estarem “satisfeitos”, criticando a atuação do SNPVAC, que marcou a paralisação.

Falando sobre as acusações feitas, de que a companhia aérea de baixo custo não cumpre a legislação laboral portuguesa e tem vindo a deteriorar as condições de trabalho nos últimos anos, Michael O’Leary vincou que “as condições até têm vindo a melhorar”.

“Os nossos tripulantes de voo estão a ter direito a folgas no final de cada semana e a aumentos nos salários que resultam em mais 25 a 45 euros por ano”, destacou, referindo que estes acréscimos são de quase 20%.

Michael O’Leary rejeitou as acusações de pressões aos trabalhadores da empresa, instando a que, “se existem provas de ‘bullying’, se apresentem casos”, e criticou também o facto de o SNPVAC ter recentemente recusado reunir-se em Dublin, na Irlanda, onde fica a sede da empresa.

Ainda assim, o responsável admitiu que, “se a greve for avante, haverá voos cancelados”.

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