A Turkish Airlines anunciou um prejuízo liquido de 463 milhões de dólares norte-americanos nos primeiros nove meses deste ano, contra um lucro líquido de 877 milhões de dólares em igual período do ano passado.
De acordo com as informações veiculadas pela maior companhia aérea turca e uma das mais destacadas a nível internacional no Hemisfério Norte, as receitas decresceram 6,1% para 7,6 mil milhões de dólares. A empresa justifica os resultados com a situação de instabilidade económica verificada na Europa e no Médio Oriente, além de outros riscos, nomeadamente a ameaça terrorista nalgumas cidades para onde voa, que tiveram um impacto negativo no desempenho da empresa. No relatório não são atribuídas quaisquer culpas à situação de instabilidade política e social que se vive na Turquia, o que, na realidade, tem afastado muitos milhares de passageiros internacionais dos aeroportos do país, nomeadamente turistas, além dos muitos milhares que também utilizavam o Aeroporto Internacional de Istambul/Ataturk como hub para viagens intercontinentais.
Durante os primeiros nove meses do 2016 a Turkish transportou 48,3 milhões de passageiros, quatro por cento acima do verificado em igual período do ano anterior, mas com menos receita. A ocupação média dos voos também baixou de 79% para 74,5 por cento.
No início do passado mês de outubro, a Turkish Airlines comunicou à Bolsa de Valores de Istambul que tinha negociado uma nova calendarização para a receção de novos aviões. Entre 2018 e 2020 a companhia deveria receber 92 Airbus A321neos, 65 Boeing 737 MAX 8 e 10 B737 MAX 9. Os prazos foram estendidos até 2023, ficando acertado a redução de 34 para 10 em 2018, de 40 para 35 em 2019 e de 52 para 42 em 2020. Os restantes serão entregues até 2023.
A revista ‘Air Transport World’ publicou recentemente que a Turkish Airlines tinha parado cerca de 30 aviões este ano como resultado da fraca procura na sua rede. A companhia não confirmou.
A empresa voa para 49 destinos na Turquia e 243 no estrangeiro, operando para um total de 117 países. A sua frota, segundo o último relatório da companhia, é composta por 336 aviões, dos 86 de dois corredores (longo curso), 237 de um único corredor (médio curso) e 13 cargueiros.