Os Estados-membros da União Europeia (UE) decidiram levantar a suspensão de voos para a África Austral de forma a permitir a retoma das ligações aéreas, que tinham sido interrompidas devido à variante Ómicron, anunciou a presidência francesa.
Numa publicação feita na rede social Twitter, nesta segunda-feira, dia 10 de janeiro, a presidência francesa do Conselho da UE dá conta de um “acordo entre os Estados-membros no IPCR [grupo de resposta do Conselho a situações de crise] esta manhã para retirar o travão de emergência em vigor de forma a permitir a retomada do tráfego aéreo com os países da África Austral”.
“Os viajantes desta área continuarão, contudo, sujeitos às medidas sanitárias aplicáveis aos viajantes de países terceiros”, adianta.
A medida agora acordada surge depois de, no final de novembro passado, os Estados-membros da UE terem decidido suspender temporariamente voos de sete países da África Austral, incluindo Moçambique, devido à identificação de uma variante do coronavírus na África do Sul altamente mutante, a Ómicron. Esta variante é agora dominante em vários países da UE.
A decisão da União Europeia, conhecida nesta segunda-feira, foi adotada no âmbito do grupo de resposta do Conselho a situações de crise (IPCR), que junta Estados-membros, instituições europeias e especialistas.
O travão de emergência ativado em novembro passado foi implementado na UE devido à pandemia de covid-19 e visa fazer face a situações preocupantes, como novas variantes, o que permite aos Estados-membros o endurecimento de medidas para travar a progressão do coronavírus SARS-CoV-2.
Desde meados de dezembro passado que o Governo de Portugal tinha levantado a suspensão de tráfego aéreo com Moçambique, país africano na costa do Índico que tem língua oficial portuguesa (LINK notícia relacionada). A TAP Air Portugal, única companhia aérea europeia que voa presentemente para Moçambique, mantém os três voos regulares semanais entre os dois países, com partida de Lisboa, em aviões Airbus A330-900neo. Aproximam-se meses em que, tradicionalmente, há menos procura e baixa a intensidade de tráfego entre Portugal e Moçambique, pelo que é provável que a programação passe para dois voos semanais, para a seguir recuperar as três ligações no pico do Verão IATA.