A United Airlines anunciou na tarde desta sexta-feira, dia 24 de maio, que está disposta a disponibilizar um novo financiamento à Avianca Holdings, dona da companhia aérea Avianca Colombia e de outras empresas subsidiárias que operam com base em países latino-americanos e sob a designação Avianca (à exceção da Avianca Brasil), e que eram até agora controladas pela holding do empresário Germán Efromovich.
O empréstimo disponilizado pela United e pela Kingsland, holding que já detém 14,4% das ações da Avianca Holdings, dona da companhia aérea, é do valor de 250 milhões de dólares, que poderá ser utilizado pela ‘nova’ Avianca para pagar algumas das dívidas que contraiu nos últimos anos, e que estão calculadas em mais de 1,5 mil milhões (bilhiões no Brasil) de dólares norte-americanos.
Na prática trata-se da tomada das ações de Efromovich pela Kingsland que, com o apoio da United Airlines, passa a gerir a Avianca. A empresa BRW Aviation, do Grupo Sinergy (família Efromovich) detinha 51% do capital da Avianca Holdings.
O que afinal fez a United Airlines, foi acionar as garantias que tinha sobre um empréstimo de 456 milhões de dólares que fizera a German Efromovich, em dezembro de 2018. Os estatutos da United proíbem a companhia norte-americana de controlar outras companhias aéreas, pelo que a gestão ficará da responsabilidade da Kingsland, uma holding com grande experiência no setor da aviação comercial na América Latina, que era dona da TACA, companhia aérea estabelecida em 1931 nas Honduras e depois em El Salvador, e que abriu outras base nacionais e que depois foi adquirida pela Avianca em 2008. A jogada para obter o controlo da Avianca Holdings só poderia ser através de Robero Kriete, dono da Kingsland. O negócio já está concluído, o que a United não diz, em concreto, no comunicado, que a companhia norte-americana diz ser dirigido à “opinião pública”. A jeito de esclarecimento.
Germán Efromovich, empresário polaco que adquiriu as nacionalidades brasileira e colombiana, após residir nestes dois países desde os 14 anos de idade, comprou a Avianca, uma companhia colombiana que estava na falência, em 2004. Fundiu-se com a TACA, com matriz de El Salvador, cinco anos mais tarde. A TACA era controlada pela Kingsland Holding Limited, que continuou sendo uma das acionistas minoritárias (14,4%).
Segundo a imprensa colombiana já está nomeada uma nova Junta Diretiva para a Avianca Holdings, no qual não surge qualquer representante de German Efromovich. A constituição revelada nesta sexta-feira, em Bogotá, é a seguinte: Richard Schifter, Sergio Michelsen, Fabio Villegas, Álvaro Jaramillo, Óscar Darío Morales, James Leshaw, Juan Emilio Posada, Jairo Burgos, Rodrigo Salcedo, Roberto Zamora e Roberto Kriete (dono da Kingsland Holding Limited).
O comunicado da United Airlines destaca que a oferta do empréstimo nada tem a ver com a Avianca Brasil, companhia que não estava ligada à Avianca Holdings, e que era controlada por José Efromovich, irmão do ex-dono da Avianca Holdings. Havia apenas um acordo comercial.