O Governo da Venezuela anunciou nesta quinta-feira, dia 5 de abril, que suspendeu as relações económicas com diversas entidades, pessoas e empresas do Panamá pelo período de noventa dias.
É uma resposta do Presidente Nicolás Maduro às sanções impostas pelo Panamá contra ele próprio, dado ter colocado o Chefe de Estado e mais 55 funcionários venezuelanos numa lista de suspeitos por “branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e financiamento de proliferação de armas de destruição massiva”.
“Foram suspensas as relações económicas e financeiras com 22 pessoas naturais e 46 jurídicas nacionais do Panamá, como medida para proteger o sistema financeiro venezuelano”, refere um despacho da agência estatal de notícias AVN distribuído na tarde desta quinta-feira, em Caracas.
Entre os sancionados encontram-se o Presidente da República do Panamá Juan Carlos Varela e as companhias aéreas Copa Airlines e a sua sucursal de baixo custo Wingo, que tem sede na Colômbia.
A Copa Airlines é uma das poucas companhias internacionais que continuava a assegurar ligações regulares para aeroportos da Venezuela, com voos para os aeroportos Simon Bolívar, em Maiquetia, a cerca de 20 quilómetros da capital venezuelana; Maracaibo (Estado de Arágua) e Valência (Estado de Carabobo). A Wingo também voa de Bogotá para Maiquetia.
Presentemente menos de uma dezena de companhias aéreas internacionais voam para a Venezuela: American Airlines, Iberia, Air France, Swiftair, TAP Air Portugal (os voos são feitos com aviões da Euro Atlantic Airways com pernoita de tripulações em Curaçau), Turkish Airlines e Cubana de Aviación. As companhias venezuelanas Laser e Avior voam para a Cidade do Panamá.