Um helicóptero militar de ataque Mi-35 do Exército Venezuelano caiu na passada segunda-feira, dia 4 de fevereiro, durante exercícios militares no Polígono Militar de El Paso, no Estado de Cojedes, no centro-oeste da Venezuela. Há cinco militares feridos internados num hospital militar, com politraumatismos, cujo estado de saúde não foi possível confirmar oficialmente.
O acidente ocorreu durante manobras integradas no denominado exercício ‘Bicentenário de Angostura 2019’ levado a efeito pelas Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) com o apoio e integração de elementos da Milícia Bolivariana, força paramilitar de civis armados, criada por Nicolás Maduro “para defender a Pátria Venezuelana”.
Jornais afetos à oposição e blogues de jornalistas venezuelanos dizem que o helicóptero ficou destruído e que os militares que seguiam a bordo não correm perigo de vida.
Este Mi-35, de fabrico russo, faz parte de um grupo de helicópteros adquiridos em 2006 pela Aviação do Exército Venezuelano. Estiveram vários anos praticamente armazenados na Base Aérea de La Carlota, no centro da cidade de Caracas, e há poucos anos foram levados para a Rússia, a fim de serem submetidos a manutenções pesados, já que tinham diversas avarias, até ao nível da estrutura metálica dos aparelhos, além dos motores.
Segundo fontes militares em Caracas, os helicópteros deveriam ter passado por uma grande revisão ao fim de 1.000 horas de voo ou de seis anos de atividade, o que não aconteceu, devido a restrições orçamentais.
O exercício em que foi perdido este helicóptero antecede as grandes manobras militares, que envolverão milhares de militares e meios das Forças Armadas Bolivarianas, como preparação e teste para uma eventual invasão dos Estados Unidos da América à Venezuela, anunciou Nicolás Maduro esta semana.
O helicóptero de ataque Mi-35 está presentemente ao serviços das Forças Armadas da Rússia, país onde é fabricado, do Azerbaijão e do Brasil, além da Venezuela. A versão que integra o Exército Venezuelano é denominada ‘Mi-35 Caribe’.