Forças militares francesas chegaram nesta manhã, sexta-feira 25 de Julho, junto dos destroços do MD-83 da companhia espanhola Swiftair, que se despenhou em território do Mali, na madrugada de ontem, quando fazia o voo 5017 da Air Algérie, entre os aeroportos das capitais do Burkina Faso e da Argélia, dois países africanos.
Um comunicado distribuído esta manhã em Paris, depois de uma reunião do Governo especialmente convocada para o efeito, foi confirmado que os destroços foram localizados sem sobreviventes e que no aparelho acidentado viajavam 51 cidadãos franceses, alguns que regressavam de férias e outros que iam visitar familiares, pois trabalham em países africanos, na condição de expatriados.
O presidente francês François Hollande lamentou a ocorrência e destacou o papel da França nas buscas, tendo a Força Aérea Francesa alinhado ao lado do Mali, Niger e Argélia, nos trabalhos de reconhecimento das vastas áreas onde havia possibilidades de encontrar os destroços do avião, dado que desde início as forças no terreno admitiram como causa provável do desaparecimento da aeronave as terríveis condições meteorológicas que se registavam na zona onde o avião foi visto pela última vez nos radares.
O líder francês disse ainda que os destroços foram encontrados concentrados numa só área e que está a ser guardada pelas autoridades francesas. Uma caixa negra já foi recuperada.
Depois dos diversos voos que dois caças Mirage 2000 fizeram ontem na zona, a França orientou o seu satélite ‘Pléiades’ sobre o local referenciado e na madrugada de hoje um drone militar francês esteve no local a certificar a localização dos destroços. Tropas helitranspotadas desembarcaram de manhã cedo na zona e confirmaram o terrível desastre, sem quaisquer sobreviventes. Os destroços da aeronave estão dispersos e mostram que após a queda houve um incêndio.
A França tem uma força deslocada no Mali, na ‘Operação Barkhane’ de combate e prevenção ao terrorismo, que conta com 1.600 militares, seis caças-bombardeiros – dois estacionados no Niger – dez aviões de transporte militar e logístico, 13 helicópteros e três drones (veículos voadores telecomandados). Esta força conta ainda com 200 veículos blindados e 200 outros para transporte de tropas e apoio logístico.
A companhia aérea francesa, Air France através do seu departamento operacional, alterou todas as rotas que passam pelo Mali, até mais desenvolvimentos na investigação
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