Um avião Boeing 737 MAX 9 da Alaska Airlines efetuou uma aterragem de emergência na cidade de Portland, Estado do Oregon, nos Estados Unidos da América, nesta sexta-feira, dia 5 de janeiro, após um painel da fuselagem, composto por porta de emergência com janela, se soltar em pleno voo pouco depois da descolagem.
Os passageiros a bordo do voo 1282 da companhia norte-americana, com destino à cidade de Ontario, no Estado da Califórnia, viveram momentos de pânico quando uma fracção da fuselagem foi sugada para o exterior, resultado de uma violenta descompressão, conforme se pode analisar pela uma foto enviada para a KATU-TV, e pela altitude em que o avião já se encontrava. A companhia confirmou o incidente e reportou que não houve qualquer ferido ou passageiro a precisar de atenção especial, após uma aterragem de emergência bem sucedida no aeroporto de origem.
A Alaska Airlines confirmou que o avião aterrou em segurança com 171 passageiros e seis membros da tripulação. “O voo 1282 da Alaska Airlines Flight de Portland, no Oregon, para Ontario, na Califórnia, vivenciou um incidente esta noite pouco após a partida”, afirmou a empresa em comunicado enviado por email aos media norte-americanos.
A aeronave, um Boeing 737-9 MAX, matrícula N704AL, que saiu da linha de montagem em novembro passado e que foi entregue à companhia com certificação de acordo com os registos da FAA (Administração Federal de Aviação dos EUA) , foi desviado da sua rota inicial após alcançar 16.000 pés (4.876 metros) de altitude cerca de seis minutos após a descolagem às 17h07 locais, segundo dados de rastreamento de voo do site ‘FlightAware’. Aterrou novamente às 17h26.
Fotos enviadas por um passageiro e divulgadas pela KPTV-TV mostraram que uma grande secção do fuselagem do avião estava ausente. A FAA informou que o avião aterrou em segurança após a tripulação relatar um problema de despressurização e afirmou que investigará o incidente.
O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB) também confirmou que está investigando o evento e postará atualizações assim que estiverem disponíveis.
O avião, que já realizou 145 voos desde que entrou em serviço comercial em 11 de novembro de 2023 (menos de dois meses de atividade), conforme indicado pelo ‘FlightRadar24’, é a versão mais recente do 737 MAX 9 da Boeing, um avião bimotor de corredor único frequentemente utilizado em voos domésticos nos EUA. A Boeing declarou estar ciente do incidente e pronta para apoiar a investigação.
Este incidente ocorre após os trágicos acidentes de dois jatos MAX 8 em 2018 e 2019, que resultaram na morte de 346 pessoas e levaram a quase dois anos de suspensão mundial da atividade operacional de todos os aviões MAX 8 e MAX 9. Estes tipos de aeronaves só retornaram ao serviço após a fábrica norte-americana realizar alterações num sistema de controlo de voo automatizado implicado nos acidentes.
No ano passado, a FAA instruiu os pilotos a limitarem o uso de um sistema anti-gelo no MAX em condições secas devido à preocupação de que as entradas ao redor dos motores pudessem superaquecer e se soltar, possivelmente atingindo o avião.
Fontes : FlightAware, ABC News, FAA.
Notícia em desenvolvimento – Última atualização às 09h00 UTC