São Tomé e Príncipe registou nas últimas 48 horas mais seis casos positivos de covid-19, de passageiros que regressaram de Luanda na quarta-feira, dia 7 de outubro, num voo humanitário, que foi realizado por um avião da TAAG – Linhas Aéreas de Angola, disse neste domingo, dia 11, o ministro da Saúde são-tomense.
Em declarações aos jornalistas, Edgar Neves anunciou que esses seis cidadãos infetados somam-se aos outros sete que regressaram ao país já com testes de covid-19 positivos, perfazendo um total de 13 passageiros infetados com o novo coronavírus que regressaram de Luanda, nesse voo humanitário.
A este número soma-se mais um caso novo registado na sexta-feira, aumentando as infeções acumuladas para 928.
“Um pouco antes de chegarem ao país, nós tivemos conhecimento de que provavelmente haveria pessoas com testes positivos ou eventualmente sem testes”, disse Edgar Neves, para justificar como foi possível embarcarem passageiros com testes positivos.
O governante não explicou a fonte da informação de que no voo da companhia aérea angolana TAAG viajavam para São Tomé passageiros infetados com a doença, justificando apenas: “Perante isto, decidimos mesmo assim acolhê-los e como mandam as regras, submetê-los a testes rápidos”.
Edgar Neves disse que se trata de 49 passageiros, um dos quais uma criança, que regressaram no voo humanitários que fez o trajeto Luanda-São Tomé.
Desses 49 passageiros que regressaram ao país na quarta-feira, 48 passaram por testes rápidos no aeroporto, mas no sábado foram submetidos a testes PCR (de laboratório).
“Fizemos inicialmente testes rápidos, mas importava fazer os testes laboratoriais e fizemo-los dois dias depois”, indicou.
De acordo com o ministro, todos os cidadãos que regressaram de Luanda com testes positivos foram colocados no hospital de campanha, apesar de estarem assintomáticos. Os restante 42 passageiros foram distribuídos por quatro unidades hoteleiras na capital.
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O Governo angolano anunciou neste domingo, em Luanda, que vai instaurar um processo de averiguação junto das entidades envolvidas no caso dos passageiros que viajaram num voo humanitário para São Tomé e Príncipe, apesar de estarem infetados com covid-19.
“Na lógica da reciprocidade diplomática entre os dois países, o Ministério da Saúde, através do Instituto Nacional de Investigação em Saúde, realizou a testagem de Biologia Molecular aos passageiros [do voo humanitário da TAAG, companhia aérea angolana], tendo concluído com sete positivos”, lê-se no comunicado emitido pelo ministério angolano.
Nessa nota, o Governo angolano assegura que “toda a informação relativa aos resultados (negativos e positivos) foi passada à Embaixada de São Tomé em Angola, com proibição de saída dos sete infetados, que aguardariam pela orientação específica da Equipa de Resposta Rápida”.
“Hoje, a realidade demonstra que esta orientação não foi observada e estando neste momento instaurado um processo de averiguação junto às autoridades implicadas”, conclui o Ministério da Saúde de Angola, que afirma ter tido conhecimento da situação à chegada do voo a São Tomé e Príncipe pelos meios de comunicação social.
O Ministério da Saúde esclarece “a opinião pública nacional e internacional que à luz das medidas de restrição no âmbito do controlo e da prevenção da covid-19, ninguém sai nem chega a Angola sem o teste negativo de SARS-CoV-2 na base de RT-PCR, e esta orientação é de cumprimento obrigatório no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda”.