O voo MH17 da Malaysia Airlines entre o Aeroporto de Schiphol/Amesterdão e o Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, capital da Malásia, levava a bordo 154 cidadãos holandeses que iam em viagem de férias, anunciou a companhia aérea.
Numa conferência de imprensa em Kuala Lumpur, o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, disse que o avião, que esta tarde foi abatido sobre território ucraniano, levava a bordo muitas dezenas de cidadãos de países europeus que iam de férias para países asiáticos.
O governo malaio manifestou-se chocado com esta tragédia que, no sector da aviação comercial, abala o país pela segunda vez este ano com grande dimensão.
Najib Razak disse ter recebido hoje chamadas telefónicas de diversos dignatários mundiais, incluindo os presidentes Barak Obama e Vladimir Putin, e a chanceler alemã Angela Merkel que interrompeu a celebração do seu 60º aniversário para manifestar ao povo malaio a grande tristeza do povo alemão por este desastre.
O primeiro-ministro malaio confirmou que a Ucrânia tinha convidado a Malásia para integrar a comissão de inquérito ao acidente e garantiu que seja qual forem os autores do eventual atentado, o seu país irá à Justiça procurar desvendar os culpados e castigá-los severamente por este acto de violência que matou 295 inocentes, passageiros de uma aeronave civil abatida com um míssil terra-ar.
Além dos 154 holandeses seguiam a bordo 27 australianos, 23 malaios, 23 norte-americanos, 11 indonésios, 6 britânicos, 4 alemães, 3 filipinos e um canadiano. Há ainda 30 ocupantes cuja identidade é, por enquanto, desconhecida.
A Malaysia Airlines anunciou entretanto que já descolou de Kuala Lumpur um Boeing 747-400, com pessoal especializado e equipamentos para acolher as famílias dos passageiros que necessitem de ajuda e/ou que pretendam deslcoar-se ao local do desastre.
O avião fará na manhã de sexta-feira, dia 18 de Julho, uma escala em Kiev, após o que irá para Amesterdão onde embarcará os familiares das vítimas do acidente que pretendam deslocar-se à Ucrânia.