A companhia aérea alemã TUIfly, controlada pelo Grupo TUI AG, conseguiu chegar a um acordo de princípio com os seus tripulantes (pilotos e pessoal assistente de cabina) sobre algumas das reivindicações que baseiam o conflito que os opõem à administração da empresa. Assim, retomaram o seu trabalho normal, acabando com uma greve camuflada que durava desde a semana passada, quando a maioria apresentou atestados médicos e impediu o normal fluxo de voos.
A TUIfly, segundo refere a imprensa alemã, concedeu aos seus tripulantes a garantia de salários e da localização de base, durante três anos, tendo ainda ficado assente que os trabalhadores aguardarão até novembro próximo, quando a companhia espera ter pronta uma decisão sobre a reorganização e reestruturação do sector de transporte aéreo do Grupo TUI. A administração mostrou-se receptiva a negociar uma proposta alternativa, desde que de acordo com os objectivos que o grupo alemão pretende alcançar e que se resumem a uma optimização de recursos e de custos.
No último domingo, dia 9 de outubro, a TUIfly fez os 114 voos programados, se bem que se tenham verificado alguns atrasos, decorrentes dos voos cancelados nos dias anteriores. Segundo o jornal ‘Die Zeit’ foi recuperada a normalidade.
Pilotos e tripulantes de cabina têm manifestado a sua preocupação face a uma anunciada integração das companhias TUIfly e Air Berlin, ambas dedicadas ao transporte aéreo de turistas, uma fusão que está a ser patrocinada pela Etihad Airways, que investiu na concorrente Air Berlin milhões de euros, sem retorno à vista, dada a situação económico-financeira muito complicada da companhia aérea. A proposta dos árabes, que parece acolher a concordância do Grupo TUI, é criar uma grande companhia charter com cerca de 175 aviões e o que significa a liderança do mercado europeu nesse segmento de transporte aéreo. A concretizar-se, o pessoal ao serviço da TUIfly teme uma vaga de despedimentos, o que aliás, foi confirmado quando a notícia foi divulgada. (LINK notícia anterior)