Voos Macau-Lisboa voltarão a ser analisados logo que o mercado asiático recupere

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A Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau (CAM) vai focar-se a curto prazo na recuperação do mercado do Interior da China e tentar ativar o do Sudeste Asiático. E na segunda metade deste ano, se conseguir recuperar 70% a 80% do mercado atendido em 2019, irá voltar a avançar com a promoção de ligações aéreas de média e longa distância, “estendendo a destinos que tinha ponderado anteriormente, incluindo Lisboa e outras rotas”, adiantou Eric Fong, diretor do Departamento de Marketing da CAM, entidade concessionária do Aeroporto Internacional da Região Autónoma Especial de Macau (RAEM), ao jornal de língua portuguesa ‘Tribuna de Macau’.

“Sobre as ligações aéreas a Lisboa, por enquanto o plano é estudarmos talvez daqui a meio ano, quando o mercado recuperar gradualmente. Mas iremos analisar a procura real dos passageiros para decidir quais são as rotas de longa distância para fazermos”, apontou.

No início de 2019, a CAM revelara ‘Tribuna de Macau’ que estava a negociar a criação de uma ligação aérea direta entre Macau e Lisboa com duas companhias, incluindo a TAP e outra empresa dedicada exclusivamente aos serviços de charter. Na altura, Eric Fong adiantou que os charters entre os dois destinos seriam lançados “na melhor das hipóteses até ao final de 2019”, todavia, esse plano foi suspenso durante três anos, devido à pandemia.

Eric Fong referiu agora que, em relação a Lisboa, entre outros destinos de longa distância, a CAM constatou que, para já, o volume de passageiros interessados ainda não atingiu um nível de muita procura. “Neste momento, as pessoas podem desejar mais viajar, pelo que este ano poderão dar preferência a voos para cidades mais populares. Mas será que haverá uma ligação de Macau a Lisboa através de uma escala noutros destinos? Acho que pode haver esta oportunidade. Mas a curto prazo, o mercado de Lisboa não é urgente”, ressalvou, reiterando a prioridade de “satisfazer necessidades dos passageiros”.

O mesmo responsável disse ainda que companhias aéreas e empresas de charters, incluindo de países europeus, preferem mobilizar os recursos para destinos mais populares porque têm menos pessoal e aviões do que antes da pandemia. “A Europa tem agora uma procura interna muito forte, por isso, as companhias aéreas não têm de mandar necessariamente aviões a certos destinos para operar apenas um ou dois voos por semana. Para elas, este tipo de plano vai ser ainda mais adiado”, observou.

 

  • Artigo da autoria do jornalista Rima Cui, publicado na edição impressa do jornal ‘Tribuna de Macau’ de 20 de janeiro de 2023. As atualizações do texto são da responsabilidade do ‘Newsavia’.

 

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