A companhia aérea espanhola Vueling inicia no próximo dia 25 de junho um voo semanal entre Barcelona, na Espanha, e a ilha cabo-verdiana do Sal.
De acordo com informação disponibilizada pela companhia, que tem a sua base principal no aeroporto El Prat, Barcelona, os voos de ida e volta para a mais turística ilha do arquipélago e República de Cabo Verde, estão programados para todos os sábados, até 10 de setembro de 2022.
A Vueling integra o Grupo IAG (British Airways, Aer Lingus e Iberia entre outros companhias europeias), operando mais de uma centena de aeronaves para cerca de 150 destinos.
A Transavia, outra companhia aérea europeia de baixo custo (do Grupo Air France-KLM), iniciou em dezembro passado, uma rota semanal entre Paris e o Aeroporto Internacional Amílcar Cabaral, na ilha do Sal, para o período de inverno na Europa (até abril) e de maior procura turística em Cabo Verde, adicionando depois uma segunda rota, para a ilha da Boa Vista, a segunda mais procurada.
Cabo Verde recebeu em 2019 um recorde de 819 mil turistas, mais de 40% com destino à ilha do Sal. Contudo, devido às restrições impostas pela pandemia de covid-19, a procura turística por Cabo Verde recuou mais de 70% em 2020, sendo este um setor que garante cerca de 25% do Produto Interno Bruto do país.
O programa do Governo cabo-verdiano para a atual legislatura, apresentado ao parlamento em junho passado, admite compensações a operadores aéreos para voos low cost, para garantir a retoma do turismo após a pandemia, e pretende atingir até 2026 uma procura anual de 1,2 milhões de turistas.
“Através de uma aposta clara no fomento da conectividade aérea do país com os principais mercados emissores, apostando no apoio/compensação a operadores aéreos de charters e/ou low cost, com especial ênfase na fase da retoma do turismo”, lê-se no documento.
O executivo, liderado por Ulisses Correia e Silva, assume que pretende avançar com “uma política de indução positiva da procura pelo destino Cabo Verde”.
“O Governo propõe atingir até 2026, uma procura não inferior a 1,2 milhões de turistas, aumentar o valor acrescentado da indústria do turismo, traduzido numa maior agregação de recursos endógenos nos serviços e no produto que o país apresenta ao visitante, provenientes da agricultura, das pescas, da agroindústria, das indústrias criativas e do setor dos transportes, tendo como fim último a criação de um tecido empresarial nacional forte”, aponta-se no documento.
Cabo Verde enfrenta uma profunda crise económica e financeira, decorrente da quebra na procura turística, cuja recuperação iniciou no último trimestre de 2021.
Entretanto, devido às consequências económicas da guerra na Ucrânia, o Governo cabo-verdiano reviu de 6% para 4% a perspetiva de crescimento económico em 2022.
- Notícia divulgada pela agência portuguesa de notícias ‘Lusa’.