Os Estados Unidos da América vão restabelecer os voos comerciais para Cuba e suspender o limite de mil dólares por trimestre para as remessas, anunciou nesta segunda-feira, dia 16 de maio, o Presidente Joe Biden, revertendo desta forma algumas das medidas mais duras do seu antecessor Donald Trump.
Joe Biden também vai restabelecer um programa de reunificação familiar que estava suspenso há anos, segundo um comunicado do Departamento de Estado, citado pela agência de notícias espanhola ‘Efe’.
Ned Price, porta-voz do departamento de Estado, responsável pelas Relações Exteriores dos EUA, destaca no comunicado que as medidas visam mostrar apoio ao povo cubano e dar-lhes ferramentas para alcançar uma “vida livre” fora da “opressão” do governo do seu país e ajudá-los a procurar melhores oportunidades económicas. Reitera ainda o apelo de Washington ao Governo cubano para que liberte “imediatamente” os “presos políticos” e respeite os direitos fundamentais do seu povo.
Especificamente, os EUA anunciaram na segunda-feira que vão restaurar os voos comerciais e charters para Cuba, que só chegam agora a Havana, e permitir alguns tipos de viagens que Donald Trump restringiu, como as de fins educativos ou relacionadas com negócios.
Também serão permitidas viagens de grupos norte-americanos destinados a estabelecer contactos com o povo cubano, mas as visitas deste tipo individuais continuarão a ser proibidas.
Até agora, as companhias aéreas americanas só podiam voar para Havana, deixando os cubanos-americanos com poucas opções para visitar parentes noutras partes da ilha.
A administração de Donald Trump proibiu em 2019 voos comerciais dos EUA para todas as cidades de Cuba, com exceção de Havana e, em agosto de 2020, foi mais longe ao suspender voos charters privados para todos os aeroportos da ilha, incluindo o da capital. Estes voos charters foram usados por muitos cubanos-americanos para viajar para a ilha a partir de Miami, na Flórida, costa leste dos EUA.
O Departamento de Estado norte-americano anunciou na segunda-feira que vai aumentar o seu apoio aos empresários cubanos com autorizações para poderem aceder a plataformas de comércio eletrónico, entre outras ações. A mudança de política surge depois de uma revisão interna da administração Biden que demorou meses.