A despedida dos AVROS dos céus europeus – com vídeo

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A Brussels Airlines, companhia do Grupo Lufthansa disse adeus ao seu último AVRO Jet, precisamente o tipo de avião com que a companhia se estreou a voar em 2001.

Foram vários os entusiastas que voaram até Genebra, na Suíça, para embarcarem no último voo operado pela Brussels num AVRO,  no passado sábado, dia 28 de outubro. Foi um voo carregado de emoção e saudosismo. Afinal milhões de passageiros embarcaram neste modelo de aeronave ao longo dos anos, em linhas comerciais operadas por milhares de pilotos e tripulantes de cabina, mantidas por centenas de mecânicos dedicados.

Os tripulantes de cabina da Brussels Airlines no último voo do ‘Jumbolino’ da companhia.

O derradeiro voo SN2720, que procedia de Genebra, na Suíça, chegou a Bruxelas, na Bélgica, pelas 19h40 horas locais. Foram mais de 15 anos, 31,5 milhões de passageiros voados, em cerca de 606 mil voos para 89 destinos diferentes. A Brussels Airlines chegou a ter uma frota de 32 AVROS. Presentemente voa exclusivamente com aviões Airbus.

Os comandantes Teugels e Peeters estiveram de serviço no último voo do Avro OO-DWD.

O AVRO escolhido para o voo de despedida, que recebeu entusiastas de todo o mundo, foi o OO-DWD, com número de série 3324 entregue pela British Aerospace à DAT (Delta Air Transport), uma companhia regional Belga que operava voos para a extinta SABENA em 1998, e que seria depois integrado na frota da Brussels Airlines em fevereiro de 2002.

Esta aeronave ficará armazenada, enquanto as outras que já foram retiradas da frota prosseguem novas vidas em outros continentes, quer transportando passageiros em países da América do Sul e da África, quer inclusive transformadas em aviões de combate a incêndios florestais no Canadá e Estados Unidos da América. Ficarão ainda algumas para recuperação de peças, sendo que uma unidade será doada para treino dos bombeiros do Aeroporto de Bruxelas.

Mais sobre o AVRO

O AVRO ou BAe146 é o mais bem sucedido jato comercial construído pela British Aerospace, que hoje integra a BAE Systems. Foi construído entre 1983 e 2002, tendo sido produzidas 387 unidades. É motorizada por quatro turbofans ‘Textron Lycoming ALF 502R-5’ uma variante do motor do helicóptero pesado Chinock,  montados sobre as asas, o que lhe valeu a alcunha de ‘Jumbolino’ (pequeno jumbo). Foi desenhado para operar voos regionais e a sua principal notoriedade era a capacidade de descolagem em pistas curtas.

É um verdadeiro ícone da aviação mundial. Tornou-se respeitado e amado por todos,  tendo sido alvo de  várias homenagens na sua retirada,  como fez a Swiss.

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