ABEAR alerta para o perigo dos balões para o tráfego aéreo no Brasil

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Dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), entidade que investiga esses eventos no Brasil, mostram que de janeiro até agora foram realizadas 372 notificações sobre avistamentos de balões próximos a aeronaves e aeroportos do país. O número é 44% maior se comparado ao mesmo período do ano passado, com 258 notificações.

De acordo com o diretor de Segurança e Operações de Voo da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), Ronaldo Jenkins, os relatos são feitos por tripulantes, controladores de trafego aéreo e por funcionários dos aeroportos. “Esse tipo de situação pode exigir do piloto manobras não previstas, como um desvio para evitar o impacto, pousos de precaução e arremetidas”, disse o especialista.

Jenkins alerta que o impacto de um artefato contra uma aeronave pode danificar sua fuselagem, motores, ou hélices e atrapalhar o funcionamento dos equipamentos de orientação. Em situações menos críticas, quando são feitas manobras evasivas, pode haver atraso de voo e desconforto aos passageiros. Em casos mais agudos, quando não se consegue evitar o balão, o choque pode obrigar a interrupção do voo e resultar em um pouso antecipado. Quando um balão cai na pista, ou apenas se aproxima de um aeroporto, como já aconteceu nos movimentados Aeroportos de Congonhas e de Guarulhos, ambos no Estado de São Paulo, pode ocasionar o encerramento do terminal e impactar a malha aérea nacional, afetando horários de voos em outras localidades.

A matéria distribuída nesta segunda-feira, dia 12 de setembro, pela assessoria de imprensa da ABEAR, está relacionada com o incidente provocado neste dia pela queda de um balão, durante a parte da manhã, num dos estádios dos Jogos Paralímpicos, na cidade do Rio de Janeiro, que causou um principio de incêndio e atrasou as competições de esgrima. O artefato é perigoso tanto em terra quanto no ar, recorda a associação.

O especialista da ABEAR ressalta a importância do trabalho do poder público para coibir esse tipo de crime e na punição dos envolvidos. “Precisamos educar nossa sociedade sobre o perigo que essa prática envolve, não apenas em terra, mas também no ar”, alerta Ronaldo Jenkins.

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