Abertura de Monte Real ao tráfego comercial “é viável”, mostra estudo de autarquia

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O Município da Marinha Grande divulgou no mês passado as conclusões de um estudo sobre a abertura da Base Aérea de Monte Real ao tráfego civil, que conclui que se trata de uma “operação viável”.

O relatório final do “Estudo de viabilidade da abertura do Aeroporto de Monte Real ao Tráfego Civil” foi apresentado na última reunião da Câmara e conclui que, em termos de resultados operacionais, estima-se que seja uma operação viável, com uma TIR (taxa interna de rentabilidade) de ~8 – 10% (seguindo uma visão conservadora) e em linha com aeroportos internacionais com uma dimensão semelhante que se verificou, em âmbito de projeto, serem aeroportos com estruturas e operações eficientes.

A autarquia explica que o projeto teve como objectivo definir um estudo para apoiar a Câmara Municipal da Marinha Grande na análise da viabilidade do alargamento da Base Aérea n.º 5 (BA5) de Monte Real ao tráfego civil.

O estudo refere ainda que, apesar de existirem diversas infraestruturas aeroportuárias na Região Centro, nenhuma está aberta ao tráfego comercial civil, e salienta que a BA5 encontra-se numa localização privilegiada com boas acessibilidades e numa posição central da região Centro do país, apresentando uma infraestrutura e operações sólidas com possibilidade de abertura ao tráfego civil.

O documento indica também que para alargar a BA5 ao tráfego civil é necessário garantir um conjunto de readaptações ao nível da infraestrutura, com destaque para o reforço da pista, terminal de passageiros, estrutura para armazenamento de combustível, placas de estacionamento, hangar de manutenção, perímetro e controlo e de acessos.

Com um investimento estimado de 20 milhões de euros para a requalificação, o estudo prevê cerca de 5 mil movimentos (~600mil passageiros) numa fase de arranque e evolui para cerca de 9 mil movimentos (~1 a 1,2 milhões passageiros) por ano no longo prazo.

O modelo de negócio deverá assentar numa partilha da BA5 com duas operações distintas e segregadas, a militar gerida pela Força Aérea e a comercial gerida por um operador aeroportuário.

Na Base Aérea de Monte Real já tê aterrado e descolado aviões comercias da TAP e da Alitalia, que transportaram os Papas que têm feito visitas apostólicas ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima, situado a poucos quilómetros da base aérea portuguesa. A captação e encaminhamento mais fácil de grupos de turistas que se deslocam a Portugal integrados em viagens religiosas é um dos objectivos dos que defendem a abertura de Monte Real ao tráfego comercial.

 

  • A imagem mostra aviões da TAP na pista da Base Aérea de Monte Real, no passado mês de maio, quando o Papa Francisco visitou Portugal e o Santuário de Fátima.

 

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