Acordo de cooperação estratégica liga Turismo de Portugal e ANA até 2019

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O Turismo de Portugal e a ANA – Aeroportos de Portugal celebraram hoje, dia 23 de Fevereiro, um novo acordo de cooperação estratégica com vista a reforçar o desenvolvimento da procura turística em Portugal. A articulação entre as duas entidades, até aqui circunscrita ao desenvolvimento das rotas aéreas, através do programa ‘Iniciative’, reforça-se com este novo acordo que passa a integrar de uma forma concertada as rotas e a procura turística para reforçar o crescimento efetivo do turismo e a receita por ele gerada.

O protocolo de cooperação é válido por cinco anos, e consubstancia-se num acordo de concertação estratégica entre as duas instituições, para a monitorização e planeamento das rotas existentes e, por consequência, sustentar a tomada de decisão de novos apoios.

Parte estrutural do novo acordo assenta na partilha e tratamento de dados entre as duas entidades, numa articulação que permitirá recolher informação útil e eficaz para monitorizar a carteira de rotas dos aeroportos nacionais e as tendências de evolução dos mercados turísticos. Com este cruzamento de informação será viável identificar oportunidades de desenvolvimento numa perspetiva integrada. Esta informação apoiará também a definição de ações partilhadas, com benefícios para a promoção efetiva da procura turística, assim como a respetiva avaliação por critérios objetivos.

Segundo Jorge Ponce Leão, presidente da ANA – Aeroportos de Portugal, empresa concessionária da gestão dos principais aeroportos portugueses no Continente e nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, “continuaremos a otimizar o desempenho e a sustentabilidade das rotas criadas mas, com esta partilha estratégica, temos maior amplitude para ultrapassar os limites do programa ‘Iniciative’, diversificando para novos mercados, incluindo os emergentes, promovendo Portugal junto de operadores relevantes sem frota própria e promovendo as operações turísticas existentes nas várias regiões, mesmo onde não existem aeroportos”.

 

Integrar a política de transporte aéreo na estratégia do turismo

“O trabalho que efetuámos permitiu melhorar significativamente a resposta em termos de rotas e captação de passageiros mas queremos ir mais longe e transformar esses passageiros em mais hóspedes, mais dormidas e mais receitas. Isto só pode ser feito se a política de transporte aéreo e a estratégia do turismo estiverem perfeitamente alinhadas”, afirma João Cotrim de Figueiredo, presidente do Turismo de Portugal, instituto público responsável pela promoção turística nacional.

Refira-se que em 2014 foram contabilizados nos aeroportos portugueses geridos pela ANA 35 milhões de passageiros, o que reflete um aumento de 9,5% face a 2013, destacando-se recordes como o registado na Portela, que ultrapassou os 18 milhões (mais de 2 milhões acima face ao ano anterior), ou na Madeira, por onde passaram 2.459.793 passageiros comerciais, mais 3,7% do que em 2013.

Também nos indicadores do Turismo foram registados recordes em 2014, com mais 12% de hóspedes, num total superior a 16 milhões, e 11% de dormidas, totalizando 46,1 milhões (dados provisórios INE) face a 2013. As receitas geradas foram 10,393 mil milhões de euros (+ 12,4%), segundo dados do Banco de Portugal.

“Não tenho dúvidas de que o trabalho, a iniciativa e o dinamismo das entidades e das empresas que operam no setor têm sido a chave para esta evolução mas é preciso termos consciência de que para mantermos um ritmo de crescimento significativo temos de estar cada vez mais coordenados e ser ainda mais exigentes, eficazes e cirúrgicos. Só assim conseguimos gerar sinergias que se traduzam em valor”, sublinha o mesmo responsável.

O acordo agora celebrado traz ainda maior flexibilidade face ao anterior Iniciative para dar resposta a oportunidades de mercado, uma vez que não está limitado às operações aéreas regulares, o que ajudará, por exemplo, a dinamizar operações pontuais de interesse estratégico mas localizadas no tempo, contrariando a sazonalidade, ou a captar tráfego para rotas existentes com potencial de crescimento.

 

  • Matéria baseada em nota distribuída hoje pela Assessoria de Imprensa do Turismo de Portugal.

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