Açores quer manter base da Ryanair no arquipélago – Companhia quer sair

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O Governo Regional dos Açores, região autónoma portuguesa situada no Atlântico Norte, confirmou que se encontra em negociações com a companhia aérea irlandesa de baixo custo Ryanair, face à intenção expressa pela empresa de abandonar a operação no arquipélago dos Açores, para onde voa regularmente, utilizando os aeroportos de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, (com uma base operacional e um avião estacionado desde abril de 2015), e da Base Aérea das Lajes, na ilha Terceira.

Berta Cabral, secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, em declarações aos jornalistas, adiantou que os motivos que estão na origem desta negociação estão relacionados com “as dificuldades acrescidas” que a Ryanair, “tal todas as companhias aéreas”, tem tido “decorrente da conjuntura internacional”, à qual acrescem novos custos.

De acordo com a secretária regional essas dificuldades foram apresentadas e decorrem “negociações e conversações para minimizar aquilo que for possível e para percebermos se, em relação à Ryanair, existem ou não condições para continuar”. Um trabalho tripartido que envolve, não só o Governo Regional dos Açores e a empresa irlandesa, mas também o Turismo de Portugal, que se juntou às negociações.

A secretária regional adianta ainda que é da vontade do governo regional que a companhia aérea continue a voar para os Açores, mesmo que exista já “uma grande conectividade” entre o arquipélago e o resto do mundo através das cerca de duas dezenas de companhias que voam para as ilhas açorianas neste momento, incluindo a operação da SATA Internacional/Azores Airlines e da TAP Air Portugal.

Questionada quanto ao facto de já não ser possível agendar voos através desta companhia para o mês de novembro, Berta Cabral indica apenas que esta é “uma situação de gestão interna da companhia”, esperando que estas negociações “tenham um bom desfecho”, à semelhança de outras que ocorreram em anos passados e que tinham o objetivo de rever “vários contratos internacionais”.

A notícia desta intenção de abandonar a operação nos Açores foi publicada pelo jornal ‘Diário dos Açores’, indicando que esta vontade teria sido comunicada à ‘VisitAzores’ (órgão de promoção do turismo da região autónoma), tendo também “causado alguma apreensão junto dos cerca de 70 colaboradores” que trabalham a partir da base da companhia aérea em Ponta Delgada, avisados que “a mesma iria ser encerrada no inverno próximo”. No passado, relembra o mesmo jornal, “o Turismo de Portugal chegou a pagar à Ryanair cerca de 1,5 milhões de euros pela operação na ilha Terceira”, prevendo-se que a empresa pretenda agora “aumentar” este montante.

 

  • Com base em texto publicado nesta quinta-feira, dia 25 de maio de 2023, pelo jornal ‘Açoriano Oriental’.

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