A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) anunciou, nesta segunda-feira, dia 25 de março, em Lisboa, que a partida do avião C-130 Hercules da Força Aérea Portuguesa (FAP), que estava prevista para terça-feira, com destino a Moçambique, foi adiada um dia devido a problemas técnicos, relacionados com uma avaria que deve estar resolvida nas próximas 24 horas.
“Devido a problemas técnicos, relacionados com uma avaria numa das rodas do avião, foi adiada para a próxima quarta-feira, 27 de março, a partida do avião que estava prevista para amanhã “, refere a ANPC em comunicado.
O avião militar, com destino à cidade moçambicana da Beira, estava previsto descolar na terça-feira de manhã do Aeródromo de Trânsito de Figo Maduro, em Lisboa.
A bordo será transportado material de apoio de emergência e diverso equipamento para sustentação logística, como ‘kits’ alimentares para 24 horas, águas e equipamento diverso, da Força Operacional Conjunta portuguesa, com valências nas áreas de busca, salvamento, proteção e socorro em situações de emergências complexas, que se encontra em missão em Moçambique.
De Portugal já partiram para Moçambique dois aviões C-130 e dois aviões comerciais alugados à companhia portuguesa Euro Atlantic Airways.
A passagem do ciclone ‘Idai’ em Moçambique, no Zimbabué e no Maláui fez pelo menos 762 mortos, segundo os balanços oficiais mais recentes.
Em Moçambique, o número de mortos confirmados subiu nesta segunda-feira para 447, no Zimbabué foram contabilizadas 259 vítimas mortais e no Maláui as autoridades registaram 56 mortos.
O Governo moçambicano adiantou que estes números ainda são provisórios, já que à medida que o nível da água vai descendo vão aparecendo mais corpos.
A FAP realizou um primeiro voo na madrugada do dia 21 de março, tendo embarcado 35 militares da Força Aérea, da Marinha, do Exército e da GNR, bem como material de sobrevivência para dar apoio às vítimas do ciclone que nos últimos dias arrasou a província de Sofala, em Moçambique.
O segundo voo, também operado por um C-130 da Esquadra 501 – ‘Bisontes’ – também com diverso equipamento para socorro às vítimas, nomeadamente medicamentos e pessoal da Proteção Civil, seguiu na madrugada do dia seguinte para a Beira, onde já descarregou.