Administradores da insolvência da Groundforce esclarecem trabalhadores

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29A Groundforce Portugal confirmou nesta sexta-feira, dia 29 de julho, a seleção da National Aviation Services (NAS) para uma negociação “direta e exclusiva” para compra da empresa, prevendo que os termos da operação sejam fechados “no decurso das próximas semanas”.

O “período de negociações exclusivas que agora se iniciará deverá permitir que, no decurso das próximas semanas, se vejam fechados todos os termos e condições em que se fará esta capitalização, visando, depois, avançar com as negociações junto dos credores, para elaboração da proposta de plano de insolvência que se verá submetida, no âmbito do processo de insolvência, à votação”, afirmam, num comunicado dirigido aos trabalhadores, os administradores de insolvência da Groundfource, Bruno Costa Pereira e Pedro Pidwell.

Contudo, salientam, a “entrada no capital da Groundforce pelo investidor apenas poderá ocorrer no âmbito do processo de insolvência e após a aprovação e homologação do plano de insolvência a ser apresentado pelos administradores da insolvência”.

O comunicado dos administradores de insolvência surge na sequência de notícias avançadas na quinta-feira pela imprensa dando conta que a NAS, uma empresa de serviços de logística de aviação do Kuwait, ganhou a corrida para a compra da Groundforce (LINK notícia relacionada).

Começando por garantir que são “alheios à publicação de tais notícias”, os administradores confirmam, no entanto, que “o processo competitivo que se encontra em curso, visando identificar um investidor para capitalizar a empresa (nos termos e nas condições que se concretizarão, depois, na proposta de plano de insolvência que será apresentada posteriormente) culminou, após a submissão das propostas finais pelos investidores NAS e Swissport, com a seleção da NAS para encetar negociações, de forma direta e exclusiva, com a massa insolvente”.

O objetivo é “alcançar um acordo que assegure as melhores condições para a recuperação da Groundforce e de ressarcimento dos créditos dos credores”.

Segundo Bruno Costa Pereira e Pedro Pidwell, era sua intenção – após a reunião que tiveram ao final da manhã de quinta-feira com a Comissão de Credores, “visando informar os seus membros das evoluções mais recentes ocorridas no processo competitivo em curso” – elaborar “um breve comunicado para informar os trabalhadores destas mesmas evoluções”.

Neste contexto, “foi com surpresa que constaram a publicação de notícias relacionadas com este assunto junto dos meios de comunicação”.

Garantindo que é sua “firme intenção assegurar a transparência e a exatidão das informações que chegam a toda a equipa da Groundforce, enquanto elementos essenciais no melhor desfecho deste processo de insolvência”, os administradores de insolvência salientam ser “importante e crucial” para um “bom desfecho” do processo que “toda a equipa da Groundforce se mantenha focada e empenhada na sua missão, assegurando a prossecução da sua atividade comercial e a excelência que a caracteriza”.

No dia 22 de setembro de 2021, os credores da Groundforce, reunidos em assembleia de credores, no tribunal de Monsanto, Lisboa, aprovaram a recuperação da empresa, tal como sugeriam os administradores de insolvência, avançou, na altura, fonte sindical à agência de notícias ‘Lusa’.

A maioria dos credores representada na assembleia tem créditos laborais, ou seja, são trabalhadores. Estão ainda representados os maiores credores do grupo de handling (assistência nos aeroportos em terra).

A lista de credores da Groundforce, compilada durante o processo de insolvência da empresa, conta com 2.791 entidades, num total de mais de 154 milhões de euros, sendo que a TAP viu reconhecidos créditos de quase 19,7 milhões de euros.

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