A gestora aeroportuária espanhola Aena ganhou a concessão para operar mais 11 aeroportos no Brasil, incluindo Congonhas, em São Paulo, o segundo com maior tráfego aéreo do país, com 10 milhões de passageiros por ano, que maioritariamente passam neste aeroporto por ser o da Ponte Aérea entre as duas principais cidades brasileiras São Paulo e Rio de Janeiro.
A ‘Aena Desarrollo Internacional’ foi a única empresa a apresentar uma proposta para essas concessões, tendo oferecido 2,4 mil milhões de reais (cerca de 460 milhões de euros) pelas licenças de operação durante um período de 30 anos.
Esse valor é 231% superior ao mínimo exigido pelo Governo brasileiro (740,1 milhões de reais ou 143 milhões de euros).
A Aena, como vencedora do leilão, também prometeu fazer investimentos nos aeroportos, no valor de 5,8 milhões de reais (cerca de mil milhões de euros).
Congonhas, o aeroporto de São Paulo para voos domésticos, é a ‘jóia da coroa’ do leilão, organizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Os outros dez aeroportos são Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã, localizados no estado de Mato Grosso do Sul; Santarém, Marabá, Parauapebas e Altamira, no Pará; e Uberlândia, Uberaba e Montes Claros, no estado de Minas Gerais.
A Aena, com operações em vários países, já administra outros seis aeroportos no Brasil, incluindo Recife, capital do estado de Pernambuco, um dos cinco mais movimentados do país, além de Maceió (Estado do Alagoas), Aracajú (Sergipe), João Pessoa e Campina Grande (ambos na Paraíba) e Juazeiro do Norte (Ceará).
De acordo com o seu último balanço, esses seis aeroportos da região nordeste do país movimentaram 11,8 milhões de passageiros em 2021, com um aumento de 52,2% face a 2020, apesar do qual acumulou perdas de 60,04 milhões de euros, metade dos 126,78 milhões deixados em 2020.
Em julho passado, a gestora espanhola anunciou que faria investimentos de 1,4 mil milhões de reais (cerca de 268 milhões de euros) para a reforma dos seus seis aeroportos brasileiros.
Como operadora agora de 17 aeroportos no Brasil, incluindo Congonhas, a Aena posiciona-se como uma das principais gestoras de terminais aéreos do país, superando em trânsito até o grupo brasileiro CCR, que no ano passado conquistou 16 aeroportos num outro leilão de concessão.
No leilão desta terça-feira, dia 16 de agosto, também foi realizada a concessão de outros dois blocos aeroportuários, em que prevaleceram os grupos brasileiros.