O Aeroporto Internacional de Aden, no sul do Iémen, país árabe situado no sudoeste da Península da Arábia, foi bombardeado na manhã desta quarta-feira, dia 30 de dezembro, no momento em que aterrava um avião Airbus A320 da companhia nacional Yemenia com entidades governamentais a bordo. Tratam-se de políticos que foram nomeados para o novo governo de coligação iemenita, e que regressavam da Arábia Saudita, país que apoia a formação do novo executivo, e onde tinha sido empossados.
As informações, veiculadas por agências noticiosas internacionais, indicam que explodiram várias bombas nas instalações aeroportuárias espalhando o caos no aeroporto, tendo-se ouvido também tiros dentro das instalações, onde diversos funcionários afetos ao novo governo aguardavam os recém-nomeados ministros. Há imagens divulgadas por canais de televisão árabes, que mostram fumo a sair do terminal de passageiros e movimento de militares e carros blindados.
O último balanço, feito pelo porta-voz da organização ‘Crescente Vermelho’ (equivalente à Cruz Vermelha nos países árabes) ao canal televisivo norte-americano CNN, pelas 19h00 UTC, indicava a existência de 22 mortos e dezenas de feridos. Os números foram confirmados pelo porta-voz do novo governo, Rajeh Badi.
Muammar Al Eryani, ministro da informação do novo governo de coligação, atribuiu o ataque, executado com morteiros e por drones que sobrevoavam o aeroporto na ocasião, e ainda por atiradores infiltrados nas instalações aeroportuárias, aos rebeldes houthis, que reivindicam o poder no país e que são apoiados pela República Islâmica do Irão.
As agências internacionais dizem que a situação é ainda muito confusa. O aeroporto de Aden, que tinha sido reconstruído há poucos meses por uma empresa turca e que se apresentava como um dos mais modernos da região, continua encerrado. Desconhece-se, por enquanto, se o avião da Yemenia, ou outros, eventualmente estacionados no aeroporto, foram atingidos pelo bombardeamento.
- Notícia em desenvolvimento – atualizada às 20h00 UTC de quarta-feira, dia 30 de dezembro de 2020.