O aeroporto provincial do Namibe, em Angola, antes conhecido por ‘Yuri Gagarine’ e agora rebaptizado de ‘Welwitschia Mirabilis’ (nome de uma planta rara que só existe no deserto do Namibe), vai ser reinaugurado na próxima quinta-feira, dia 13 de Fevereiro, anunciou a agência noticiosa estatal Angop.
A cerimónia de inauguração, adianta a Angop, insere-se no quadro das actividades comemorativas ao 34º aniversário da Empresa Nacional de Exploração e Navegação Aérea (ENANA-EP), que se comemora nesta mesma data. A ENANA lidera o programa de reabilitação da rede dos aeroportos e aeródromos de Angola, que já permitiu a reabertura de 15 pistas, devidamente certificadas para operações com aviões comerciais.
As obras no Namibe (antiga província de Moçamedes), avaliadas em nove mil milhões de kwanzas (cerca de 68 milhões de euros), incidiram essencialmente na ampliação da pista que passa a ter cerca de 2.500 metros úteis de extensão e 60 metros de largura. O projecto incluiu a iluminação, caminhos de circulação e placa, bermas, franjas, prolongamentos de paragem e zonas de segurança de fim de pista, edifício técnico administrativo e torre de controlo, central eléctrica, estação de tratamento de água e instalações dos bombeiros. De igual modo, os melhoramentos incidiram sobre o terminal de passageiros (área de tráfego, administrativa, de serviços e comercial).
Além do agora denominado Aeroporto ‘Welwitschia Mirabilis’, cuja construção foi iniciada ainda sob administração portuguesa, em 1972, e concluído apenas depois da Independência Nacional, a província do Namibe tem outras infra-estruturas aeroportuárias. Tem pistas com capacidade para receber pequenas aeronaves em várias localidades, a maioria inoperacionais.
A estrutura esteve encerrada durante cerca de um ano para melhoramentos, quer ao nível da pista, quer da aerogare. A pista já tinha sido aberta na primeira semana de Setembro do ano passado, de forma a receber os aviões Boeing 737-700 da TAAG, com atletas e desportistas que participaram nos jogos do Campeonato Mundial de Hóquei em Patins, cuja fase final se disputou em Angola. A segunda fase das obras que agora terminou incluiu toda a recuperação e modernização do edifício da aerogare.
A reinauguração do novo Aeroporto do Namibe segue-se à dos aeroportos de Cabinda, Soyo, o aeroporto doméstico de Luanda, Ndalatando, Malanje, Benguela, Catumbela, Lubango, Ondjiva, Saurimo, Cuito Cuanavale, a aerogare do Dundo, as pistas e áreas de movimento do Cuito, no Bié, num período de aproximadamente quatro anos, acrescenta a Angop.
Os trabalhos de construção e de engenharia civil do novo Aeroporto do Namibe foram da responsabilidade da empresa portuguesa Somague, através da sua subsidiária em Angola, sob projecto da construtora brasileira Odebrecht, que adjudicou a obra à ENANA.