As autoridades aeroportuárias das regiões administrativas especiais chinesas de Macau e de Hong Kong anunciaram o encerramento dos respectivos aeroportos internacionais, face à chegada do supertufão ‘Mangkhut’ que pelas 23h00 locais deste sábado (14h00 UTC) já se encontrava a cerca de 500 quilómetros a sudeste da China, onde se situam os dois aeroportos.
O Aeroporto de Hong Kong, um dos mais movimentos da Ásia, estará totalmente encerrado desde as 02h30 deste domingo, dia 16 de setembro, até às 04h00 de segunda-feira. Contudo a hora de reabertura poderá ser alterado de acordo com a progressão ou os efeitos desta tempestade tropical de sinal 8 (numa escala até 10).
As companhias Cathay Pacific e a sua subsidiária Cathay Dragon, que estão sedeadas em Hong-Kong, anunciaram neste sábado que estão previstos mais de 600 cancelamentos de voos nos três dias da passagem do tufão, só de aviões das duas empresas.
Na Região Administrativa Especial de Macau, antiga possessão portuguesa no Oriente, onde residem e trabalham alguns milhares de nacionais de países de língua oficial portuguesa e outros portugueses que se radicaram no território, desde 1999 sob administração chinesa, foram cancelados nos últimos dois dias cerca de 150 voos regulares, já que muitas das ligações se destinam a países próximos, como as Filipinas que desde sexta-feira estão a ser atingidos pelo ‘Mangkhut’.
“O supertufão Mangkhut estará mais próximo de Macau pelas 12h00 de domingo e na altura será içado o sinal 10”, o máximo na escala de tempestades tropicais, composta pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10, afirmou, no sábado, em conferência de imprensa, o diretor dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos de Macau.
De acordo com Raymond Tam, o sinal 10 poderá permanecer içado entre as 12h00 e as 18h00 e, tendo em conta as últimas estimativas, o nível de maré poderá atingir aproximadamente os cinco metros, durante o mesmo período.
O responsável acrescentou esperar, segundo as previsões, “inundações mais prolongadas relativamente ao tufão passado”, numa referência ao ‘Hato’, cuja passagem por Macau, em 23 de agosto de 2017, deixou 29% da área total da cidade inundada, originando cortes no fornecimento de água e de eletricidade e uma dezena de mortos.