A Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) apresentou na feira internacional da aviação geral global deste ano, AERO 2017, realizada no início deste mês na cidade alemã de Friedrichshafen, um conjunto de resultados concretos sobre a sua estratégia para a Aviação Geral (GA), com base em regras necessárias e mínimas e através de uma abordagem flexível e baseada no risco.
Os objetivos principais da estratégia da GA passam por dinamizar cada vez mais o mercado dos aviões da aviação geral, sendo por isso um incentivo para pilotos, escolas de formação, fabricantes e, em geral, todos os utilizadores e proprietários de aviões. De salientar que a aviação geral incluiu todos os tipos de aviação, que não sejam voos regulares, operados por companhia aéreas, empresas de voos charter e militares.
Ainda no âmbito da AERO, que celebrou este ano 25 anos de existência, foram vários os aviões, mais recentes e de última geração, como o avião italiano Black Shape TC 115, que receberam certificação tipo da Agência Europeia de Segurança Aérea (EASA), entregue pelo próprio diretor de certificação da EASA, Trevor Woods.
Entre os aviões monomotores turboélice, o Socata TBM 910 recebeu o certificado de tipo AESA e o modelo Quest Kodiak 100A recebeu a aprovação EASA e a certificação tipo da FAA (Administração Federal da Aviação dos Estados Unidos da América).
Para além disso, a maior feira internacional de aviação do mundo, ficou ainda marcada pela assinatura de uma protocolo, que envolve três empresas que partilham voos, a COAVMI, a Flyt.club, e a Wingly, com o intuito de promoverem a segurança dos voos GA não comerciais, com aviões ligeiros.
Ao longo dos tempos, foram feitos muitos progressos para as escolas de formação e para o acesso de instrumentos de voo para os pilotos da GA. Também as regras autónomas da OPS para balões e planadores (aviões sem motor), o conjunto único de regras para operações especializadas, regras simplificadas de manutenção e especificações para mudanças e reparações têm registado uma preocupação relevante neste âmbito.
EASA reescreveu CS-23: um grande potencial para a indústria
Todos os aviões da aviação geral (GA) são certificados por um método denominado por Parte 23, que é controlado, regulado e medido pela EASA.
As regras de certificação CS-23 reescritas pela EASA para pequenos aviões permitirão soluções inovadoras para aumentar a segurança e facilitar as questões burocráticas, o tempo e os custos. Estas novas regras estabelecem requisitos e objetivos, independentes de projeto. Os novos projetos não serão prejudicados por regras detalhadas prescritivas.
A indústria aeronáutica neste segmento de negócio desde há muito que adquiriu uma postura positiva sobre o novo CS-23 na AERO, uma questão que tem deixado todos satisfeitos, e que atesta, em parte, o sucesso de mais este evento.