As companhias aéreas Air Canada e a Air Transat anunciaram nesta sexta-feira, dia 2 de abril, que concordaram em desistir das negociações que tinham iniciado em junho de 2019, que previam a aquisição da Transat pela Air Canada e consequente fusão das duas empresas de transporte aéreo. Os termos do acordo tinham sido alterados em agosto do ano passado e depois revistos no mês de outubro seguinte, face ao grave impacto económico da pandemia de covid-19.
O motivo da rescisão, diz um comunicado distribuído nesta sexta-feira pelas duas companhias, deve-se ao facto da Air Canada não estar disposta a mais cedências e, por isso, não ter condições para merecer a concordância da Comissão Europeia (CE).
As duas companhias canadianas dizem que estavam cientes das cedências que teriam de ser feitas em alguns países por imposição das autoridades reguladoras da aviação e da concorrência, mas que no caso da Comissão Europeia as exigências eram muitas.
A fim de satisfazer essa condição-chave, a Air Canada ofereceu e reforçou um pacote significativo de soluções, que foram além dos esforços comercialmente razoáveis exigidos à companhia e do que tem sido tradicionalmente aceite pelas autoridades europeias em casos anteriores de fusão de companhias aéreas. “Na sequência de recentes discussões com a CE, tornou-se evidente, contudo, que a CE não aprovará a aquisição com base no pacote de medidas corretivas atualmente oferecido”, lê-se no comunicado distribuído na cidade de Montreal, capital da província do Quebeque, onde a Air Transat tem a sua sede.
Perante tal situação, as duas companhias chegaram a acordo e desistiram da programada fusão, ficando a Air Canada obrigada a pagar à Air Transat a importância de 12,5 milhões de dólares a título de taxa de rescisão. Ficou escrito neste acordo que a Air Transat não está obrigada a pagar à Air Canada qualquer taxa, caso venha a estar envolvida noutra aquisição ou transação semelhante no futuro.
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