Um porta-voz da Air France confirmou na manhã de hoje, segunda-feira, dia 23 de Fevereiro, que a tripulação técnica do avião Airbus A380 da companhia que ontem, domingo, divergiu para o Aeroporto de Manchester, no Reino Unido, estava a atingir o limite de horas de voo, pelo que os pilotos franceses limitaram-se a cumprir e seguir as estritas ordens e regulamentos da transportadora aérea quanto aos tempos máximos de voo dos seus tripulantes.
O informador da companhia respondeu numa entrevista ao canal noticioso BFM/TV, ao qual justificou que a Air France demorou na resposta aos passageiros do avião que divergiu, pois acreditou que o tempo que faltava para a tripulação queimar o limite de voo, fosse suficiente para o avião atravessar o Atlântico e pousar em Paris/Charles de Gaule, no voo que se iniciara em Nova Iorque no domingo, dia 22 de Fevereiro, já com seis horas de atraso, devido ao congestionamento de tráfego e limitações de circulação nos aeroportos provocados pelos temporais e nevões que têm assolada a zona leste dos Estados Unidos da América.
Perante uma situação meteorológica desfavorável, e à beira de entrar numa situação de incumprimento, o comandante optou por aterrar em Manchester, a cerca de 40 minutos de voo de Paris.
Foi este tempo mínimo que faltava para completar o voo que deixou muitas pessoas intrigadas. Não só os passageiros, como também os muitos especialistas e técnicos do sector que não tiveram, de imediato, uma razão clara e objetiva que justificasse a alteração de rota do maior avião da frota comercial mundial, com 440 passageiros e 22 tripulantes a bordo. Só uma emergência médica ou avaria técnica graves, por exemplo, poderiam ter servido para tal decisão. Muitos ignoravam que a tripulação descolara de Nova Iorque já com seis horas de espera no cockpit, assim como os passageiros.
O voo foi interrompido por uma razão concreta e que teve em conta a segurança dos ocupantes do avião, disse o porta-voz da companhia que, exemplificou, se essa tripulação continuasse a voar seria como conduzir um automóvel a 180 km/hora, indo o motorista com algumas gotas de álcool no sangue…
Interrogado porque a companhia não providenciou uma segunda tripulação fresca em Manchester para continuar a viagem do A380, o porta-voz da Air France, esclareceu que a situação foi agravada pelo fato de ter havido um problema com a pressurização do avião quando fecharam as portas. A solução foi aguardar que a companhia disponibilizasse equipamento para o transbordo dos passageiros e tripulantes que seguiram na madrugada de hoje para Paris, em três aviões (um A318 e dois A320) como o Newsavia já noticiou (Vide notícia anterior).
A companhia desculpou-se da falta de assistência aos passageiros com razões imponderáveis da forma como o incidente se produziu e com uma confiante previsibilidade do que o avião atravessaria o Atlântico sem queimar o tempo máximo de voo dos tripulantes. A companhia disse ainda que a partir de hoje estavam já em pagamento as indemnizações a que os passageiros têm direito, devido aos constrangimentos sofridos.
Alguns jornais online, sobretudo britânicos, têm recordado nas suas edições de hoje, a pouca afabilidade existente entre os sindicatos de pilotos e a Air France, nos últimos tempos. Em Setembro/Outubro do ano passado os pilotos franceses decretaram a maior greve de que há memória na companhia. Estiveram parados duas semanas e isso teve um custo gigantesco nas contas da Air France: cerca de 500 milhões de euros.
Contudo, como referem alguns jornalistas britânicos, está por esclarecer, porque mentiu o comandante do avião francês ao reportar à torre de controlo de Manchester uma emergência médica, quando poderia ter falado verdade, o mesmo acontecendo em relação aos passageiros, que acusam a companhia francesa de mau serviço, de não respeitar os clientes e de não ser correcta no seu relacionamento comercial com os utilizadores do serviço prestado, neste caso um serviço de transporte aéreo entre Nova Iorque e Paris, supostamente em voo directo.
- Os passageiros estiveram seis horas dentro do avião e depois mais quatro horas numa sala de espera, após o pouso em Manchester. E aguentaram estoicamente, como refere um dos passageiros no Twitter, identificado como Joezé, autor desta foto.
isto se chama regulamentação de voo.é obrigatório nos cursinhos dados por empresas regulamentadas par cada pais e empresa.Da apresentação assinando a folha de bordo no aeroporto,até o final do voo(no caso) sem escalas…mas ai realmente foi uma ocasião que vou aplaudir o cmte que teve coragem de fazer isto afinal….metas inclui SEGURANÇA e não outra coisa vendida nas tvs de toda propaganda de fidelidade,pontos ,etc.O publico é o que faz as vendas e facilidade,Mas segurança de voo e equipamento bom e bem tripulado tem que tem conjunto.Encher os ouvidos dos comandantes com coisas inúteis ,também é ridícula.O cansaço mental é terrível mesmo.Mas as palavras de motivação hoje em dia são impressionante…geralmente parte de pessoas que entendem de administrar dinheiro ,mas nada de pilotar.Só o fato da redução de pessoas na cabine de comando já foi uma desvantagem na aviação civil e os cursos de baixo custo para pilotos …fazem disto uma alavanca para o fracasso e o cansaço .Parabéns á atitude do piloto deste voo!!!