Airbus A310 iraniano ameaçado em voo por caças dos EUA – Vários feridos a bordo

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A televisão estatal da República Islâmica do Irão divulgou nesta quinta-feira, dia 23 de julho, algumas gravações de vídeo obtidas através dos telefones celulares de passageiros que mostram um avião caça F-15 a se aproximar a grande velocidade de um avião comercial iraniano no espaço aéreo da Síria.

Os filmes mostram ainda diversos passageiros feridos a bordo, nomeadamente crianças e um homem idoso, devido às manobras bruscas a que os pilotos foram obrigados para se desviarem dos dois aviões israelitas, aterrando depois, em segurança no Aeroporto de Beirute no Líbano.

Notícias confirmadas pela companhia aérea iraniana Mahan Air, dona do avião Airbus A310 (matrícula EP-MNF) envolvido no incidente, e pelos responsáveis do aeroporto libanês, indicam que diversos passageiros foram atendidos num hospital da cidade de Beirute. No entanto, as primeiras informações indicam que não há feridos graves.

A aeronave fazia um voo regular de Teerão para Beirute, quando surgiu um evento perturbador durante o voo, disse a televisão estatal na capital do Irão, ao se referir à presença e atitude agressiva e ameaçadora dos dois aviões de caça, que voavam em espaço aéreo da Síria, segundo a fonte. Nas redes sociais estão disponíveis diversos vídeos.

A agência internacional ‘Reuters’ noticiou na noite desta quinta-feira que o comandante do avião iraniano disse que eram dois aviões e que chegou a falar com um dos pilotos militares, que se identificou como norte-americano, avisando-o do perigo das manobras de intimidação que estavam a executar.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros em Teerão já anunciou que vai apresentar uma nota de protesto aos Estados Unidos, pela ocorrência, que foi entendida como uma manobra perigosíssima para a segurança do avião comercial e dos seus passageiros civis. Os dois aviões são apontados como pertencendo à Força de Interceção dos EUA que se encontra baseada no Médio Oriente.

Desde há alguns anos que os EUA têm acusado a companhia Mahan Air de transportar armas para as guerrilhas que atuam na Síria e em outros países, apoiadas pelo regime de Teerão e de estar ao serviço da elite do Exército do Irão, os denominados Guardas da Revolução.

As relações agravaram-se desde 2018, quando o presidente Donald Trump resolveu abandonar unilateralmente o acordo nuclear assinado por seis potências mundiais e a República Islâmica do Irão e voltar a impor sanções económicas ao País.

 

 

  • Notícia em desenvolvimento – atualizada às 23h45 UTC
  • Na imagem de abertura vemos um Airbus A310 da Mahan Air semelhante ao que esteve envolvido no incidente com dois aviões caças dos Estados Unidos da América. Foto © FLICKR/Nabil Molinari

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