O Grupo Alaska Air, proprietário da companhia aérea Alaska Airlines, anunciou nesta segunda-feira, dia 4 de abril, que o Conselho de Administração da holding aprovou por unanimidade a aquisição e fusão da companhia Virgin America, por um preço de 57 dolares por ação.
A notícia, divulgada esta manhã pelo Grupo Alaska Air, adianta que a compra e fusão inclui todos os activos e passivos da companhia que foi fundada em 2007 pelo bimilionário britânico Sir Richard Branson na América do Norte, o que poderá atingir um valor agregado na transação de cerca de quatro mil milhões de dólares.
Com esta fusão está constituída a maior companhia aérea da Costa Oeste dos Estados Unidos da América, expandindo a Alaska Airlines para uma posição de relevo, também na Califórnia, onde se posiciona a Virgin America, conferindo-lhe dimensão para disputar mercado com outros gigantes da aviação comercial dos EUA, numa zona onde se movimentam diariamente 175 mil passageiros. A Alaska Airlines tem hoje uma presença assinalável no noroeste da América do Norte, nas cidades costeiras do Pacífico e no Alaska.
Esta fusão reúne duas companhias aéreas que nos últimos tempos têm revelado grande aceitação dos seus clientes e um excelente desempenho.
A Alaska Airlines foi classificada em primeiro lugar num ranking das nove maiores companhias aéreas dos EUA pelo The Wall Street Journal, pelo seu desempenho operacional nos últimos três anos, tendo se classificado em segundo lugar a Virgin America, nos últimos dois anos. Esta companhia foi também votada, durante oito anos consecutivos, pelos leitores da revista Conde Nast Traveler, na modalidade de Travel+Leisure. Isto só para referir algumas das distinções que foram atribuídas às duas companhias ao longo dos últimos anos.
No conjunto as duas companhias oferecerão 1.200 partidas diárias dos seus hubs em Seattle, San Francisco, Los Angeles, Anchorage, Alaska e Portland (Estado do Oregon).
A frota das duas empresas somam 280 aviões, incluindo uma frota de aviões apropriados para voos regionais, com uma idade media de 8,5 anos. Podem transportar anualmente cerca de 39 milhões de passageiros e produzir uma receita bruta anual avaliada em cerca de 7 mil milhões de dólares.
A nova companhia, que resultará da fusão da Alaska Airways e da Virgin America, e que adoptará o nome da primeira, terá sede e base principal em Seattle, no Estado de Washington, no noroeste dos EUA.
Enquanto aguardam os trâmites legais e aprovação da entidade nacional de aviação civil, a Federal Aviation Authority (FAA), os atuais dois presidentes das companhias trabalharão com uma equipa que já está nomeada para levar adiante a integração de todos os departamentos e serviços da nova Alaska Airways.
O comunicado do Grupo Alaska Air manifesta grande satisfação pela conclusão do negócio, aceite de forma unânime por ambos os Conselhos de Administração das companhias, e abre perspectivas para uma futura análise da importância do nome Virgin America, ou do Grupo Virgin, a nível global, tendo em vista o prestígio e a força da marca entre os seus clientes.
Ambas as companhias esperam que o processo esteja completamente concluído antes do dia 1 de janeiro de 2017.
Na semana passada, as notícias dos mercados financeiros davam como certo que os novos donos da Virgin America seriam escolhidos entre o Grupo Alaska Air e a JetBlue Airways. Na sexta-feira, alguns analistas apontavam vantagens à JetBlue, companhia fundada por David Neeleman, atual sócio majoritário e presidente do Conselho de Administração da companhia AZUL Linhas Aéreas Brasileiras e sócio do consórcio ‘Atlantic Gateway’ que adquiriu 45% do capital do grupo aéreo TAP Portugal, SGPS, controlado pelo Estado Português. (LINK notícia relacionada)
- Notícia em desenvolvimento 11h15 UTC