ANA quer que o novo aeroporto de Lisboa seja construído no Montijo

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A ANA Aeroportos de Portugal e a VINCI Airports voltaram a defender a criação no Montijo de um novo aeroporto civil. A sugestão ouviu-se na manhã desta segunda-feira, dia 13 de novembro, na cerimónia de celebração dos 75 Anos da abertura do Aeroporto de Lisboa, na Portela de Sacavém, onde ainda hoje se mantém a principal estrutura aeroportuária portuguesa.

“A proposta da ANA Aeroportos de Portugal e VINCI Airports será agora avaliada”, refere uma nota de imprensa da concessionária da infraestrutura aeroportuária nacional distribuída aos jornalistas que estiveram presentes na sessão oficial que foi presidida pelo ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques.

Nicolas Notebaert, presidente da Comissão Executiva da VINCI Concessions e da VINCI Airports, adiantou que “um novo aeroporto no Montijo é a melhor solução para o país, para Lisboa, bem como para a região metropolitana de Lisboa, principalmente para o Sul desta área, e é a melhor solução para os passageiros e para as companhias aéreas”, referindo ainda “é a solução que permite uma resposta atempada e minimização da perda de passageiros face à expectativa de crescimento de trafego aéreo, além de permitir estar concluído mais cedo, por prever uma infraestrutura existe que pode ser usada. É também a solução menos exigente na necessidade de desenvolvimento adicional de acessibilidades.”

O discurso do líder da Vinci Airports apresenta agora uma nova nuance, pois o que tinha ficado decidido em Fevereiro passado é que a ANA e o Governo Português trabalhariam juntos para adaptar a Base Aérea do Montijo de forma a que pudessem coexistir a Força Aérea Portuguesa e o que estava a ser denominado ‘Aeroporto Complementar de Lisboa’, para entrar em funcionamento em 2021 e provavelmente apenas dedicado ao tráfego de passageiros das companhias aéreas de baixo custo (LINK notícia relacionada).

O que se ouviu nesta segunda-feira, em Lisboa, é diferente. Conclui-se que não haverá ‘Aeroporto Complementar de Lisboa’ no Montijo, mas sim o Novo Aeroporto de Lisboa. Nos últimos anos foram indicadas as localizações da Ota e de Alcochete, como possíveis alternativas para a deslocação da infraestrutura aeroportuária da capital portuguesa do centro da cidade de Lisboa para uma zona limítrofe da urbe lisboeta.

Carlos Lacerda, presidente da Comissão Executiva da ANA Aeroportos de Portugal, ao falar na  cerimónia que assinalou os 75 anos do aeroporto de Lisboa, confirmou: “Já entregámos uma proposta para o aumento da capacidade aeroportuária de Lisboa, através do Aeroporto Humberto Delgado e de um novo aeroporto no Montijo” e esclareceu que “os próximos passos envolvem um trabalho de aprofundamento e detalhe das várias dimensões da proposta”, acrescentando ainda que “é só o primeiro passo do que sabemos que será um trabalho conjunto entre todas as entidades envolvidas, que continuará a correr com total empenho e com a atitude positiva que temos sentido até agora na solução, com vista aos objetivos da região e do país.”

 

Dois aeroportos poderão coexistir por muitos anos na área de Lisboa

A situação é um pouco confusa ainda, dado que Carlos Lacerda admite a coexistência dos dois aeroportos, o que, supomos, pode ser apenas numa fase de transição, até levar todo o movimento para o Montijo. Contudo, acreditamos que tudo depende da evolução do tráfego e da disponibilidade do Governo da República Portuguesa e da sua política quanto aos aeroportos nacionais.

Para alavancar o crescimento exponencial de tráfego que se tem registado em Lisboa, a ANA Aeroportos de Portugal e a VINCI Airports dizem no comunicado de imprensa que têm vindo a investir continuamente em melhorias na infraestrutura, que permitiram gerar eficiências com os consequentes aumentos de capacidade.

 

Novos investimentos no Aeroporto Internacional Humberto Delgado

Para o futuro próximo estão já projetados mais investimentos, que deverão estar disponíveis já no Verão IATA 2018. É o caso da duplicação de canais de embarque de todas as portas Schengen do Terminal 1 que ainda não possuem esta facilidade. Mas também da criação de duas novas portas de embarque Não Schengen, ou da instalação em curso de linhas automáticas no controlo de segurança, que permitirão aumentar significativamente o processamento de passageiros e a qualidade do serviço prestado. Dos investimentos previstos faz igualmente parte a renovação da zona de check-in.

Estes investimentos antecipam a necessidade de capacidade nos diferentes sistemas do aeroporto que decorrerá da disponibilização de mais espaço aéreo por parte das entidades responsáveis.

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