A companhia petrolífera ‘Anadarko Moçambique Área 1, Lda.’ (AMA1), subsidiária da gigante norte-americana Anadarko, está à procura de uma empresa para gerir o aeródromo que está a construir na península de Afungi, distrito de Palma, na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique. O referido aeródromo é uma infraestrutura de apoio ao ‘Projecto Mozambique LNG’, pertencente à própria AMA1 (LINK notícia relacionada).
“O concorrente vencedor irá gerir e explorar o aeródromo de Afungi em conformidade com os regulamentos e normas aplicáveis publicados pelo regulador, Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM), Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO), Diretrizes de Gestão de Aeronaves IOGP (Aircraft Management Guidelines) e Padrões de Operações da Anadarko”, lê-se num anúncio publicado há dias no jornal ‘Notícias’ de Maputo.
A companhia refere que o aeródromo em causa destina-se a servir o tráfego de aparelhos de IFR (Regras de Voo por Instrumentos) e de VFR (Regras de Voo Visual) diurno doméstico não programado para operações de rotina. Também será utilizado nos voos “ad-hoc” para evacuação médica de emergência IFR e VFR nocturnos. No âmbito das operações IFR e VFR, a Anadarko diz no anúncio que o espaço aéreo em redor do aeródromo permanecerá não controlado.
O anúncio da Anadarko surge dias depois de uma outra robusta companhia de petróleo dos Estados Unidos, a Chevron, ter surpreendido o mundo com a pretensão de comprar aquela sua congénere pela astronómica quantia de 33 mil milhões de dólares norte-americanos. O consórcio liderado pela Anadardo prevê anunciar ainda este mês a Decisão Final de Investimento (FID) no Bloco Área 1 da Bacia do Rovuma, o que vai permitir que se comece a construir a fábrica de liquefação do gás natural.
- Texto de Evaristo Chilingue, publicado no site de notícias ‘Carta de Moçambique’.
- A imagen de abertura mostra o aeródromo de Palma, no norte de Moçambique, antes das obras em curso