O Instituto Nacional da Aviação Civil (INAVIC) de Angola contratou o Grupo Wicks, consultora americana de aviação civil, para realizar uma avaliação de base ao sistema de supervisão de segurança operacional da instituição aeronáutica do País, com vista a obter a classificação de segurança operacional na Categoria 1, a nível mundial.
Trata-se de uma diligência importante e imprescindível para que Angola e as companhias angolanas, neste caso a TAAG – Linhas Aéreas de Angola, obtenham permissão para efetuar voos diretos para os Estados Unidos da América.
De acordo com uma nota de imprensa distribuída pela INAVIC, no passado dia 14 de abril, a empresa de consultoria vai apoiar o governo angolano no seu esforço de obter, da Administração Federal da Aviação Civil, a classificação de segurança operacional na Categoria 1.
Na cerimónia de assinatura do contrato, Angola teve como signatários o ministro dos Transportes, Ricardo Viegas de Abreu, e o diretor-geral do INAVIC, Gaspar Santos, enquanto pela parte americana, assinou o diretor-geral do Grupo Wicks, Glenn Wicks.
O Grupo Wicks foi criado em 1999, e tem sede na cidade de Washington, no Distrito Federal, e é uma instituição internacional de consultoria aeronáutica, com uma taxa de sucesso na ordem dos 100 por cento, destaca o comunicado do INAVIC.
A empresa norte-americana irá iniciar em breve uma auditoria em Angola, quer das infraestruturas aeroportuárias, quer das companhias aéreas existentes que poderão habilitar-se a esses serviços, nomeadamente a TAAG e a Sonair, após o que entregará um primeiro relatório que indicará às autoridades angolanas eventuais necessidades e melhoramentos de estruturas ou processos de funcionamento para alinhar os procedimentos angolanos de acordo com aqueles que são exigidos pela OACI/OIAC (Organização Internacional de Aviação Civil).
Recorde-se que as autoridades angolanas e a TAAG já anunciaram a intenção de voar entre Angola e os Estados Unidos da América, voos que poderão ter escala na ilha do Sal, na República de Cabo Verde, como já foi admitido por fontes governamentais em Luanda. Entretanto, a Comissão Europeia retirou da ‘lista negra’ a TAAG, companhia que agora pode voar sem restrições para todos os países da União Europeia e sobrevoar o espaço aéreo dos países que a constituem (LINK notícia relacionada). Um factor que joga a favor da companhia de bandeira angolana.
- Foto © Tony Mangueira Fernandes